terça-feira, 1 de junho de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 2006

Olá, pessoal!!!

Estamos hoje chegando ao fim de nossa série sobre as Copas do Mundo falando da última Copa (pelo menos até 11 de Junho) que foi realizada na Alemanha em 2006.

Uma Copa que teve praticamente de tudo: emoção, apatia, trapalhadas e violência.

Para os alemães, essa Copa foi a da redenção não somente da sua desacreditada seleção como também a própria redenção de um povo, que finalmente pôde mostrar seu patriotismo e enterrar o triste passado nazista mostrando enfim o orgulho de torcer por seu país.

Para os italianos, o título que conquistaram nessa Copa foi mais do que uma grande vitória, foi a prova de que com uma boa tática e com a verdadeira união de todos os integrantes é que faz um campeão.

A França também se destacou nessa Copa apesar do vice-campeonato e apesar da famosa cabeçada do Zidane no Materazzi. Poucos acreditavam que os franceses chegassem tão longe depoís daquele fiasco da Copa anterior. Mas com o talento de Zidane combinado com a vontade e gana dos outros jogadores da equipe conseguiram chegar á final, que foi praticamente um verdadeiro jogo de xadrez entre italianos e franceses.

E podemos destacar Portugal também. Garantiu um bom quarto lugar, é verdade, mas faltou um pouco mais de sorte pra chegar mais longe. São lembrados principalmente pelas "batalhas" que os lusos enfrentaram nas fases finais dessa Copa, principalmente na célebre "Batalha de Nuremberg" contra a Holanda onde o sarrafo comeu solto o tempo todo. Foram quatro expulsões e vários cartões amarelos por causa dessas entradas assassinas que aconteceram na partida.

Nunca na História das Copas do Mundo a juizada mandou tanta gente pra fora como essa. Foram 28 vermelhos no total, um recorde não superado até hoje. Mas um desses vermelhos quase não acontece devido a trapalhada do árbitro Graham Poll ao dar três cartões amarelos ao croata Simunic no jogo contra a Austrália. Só foi expulso o jogador depois do terceiro cartão amarelo, é dose...

Podemos destacar também a Suíça, com a sua defesa impenetrável nessa Copa, não levando nenhum gol e - por que não? - os argentinos que fizeram uma boa campanha na Copa e caíram nos pênaltis para os alemães, porém, acabaram manchando essa campanha com aquela pancadaria desnecessária no fim do jogo contra os alemães, originando a segunda expulsão na História das Copas do Mundo sem a bola estar em jogo, que foi protagonizada pelo Leandro Cufrê. Um feito não muito de se orgulhar...

Bem, sabe aquela equipe que só brincou em uma Copa dessas que falei posts atrás? Pois bem, essa equipe em questão infelizmente foi o Brasil.
Sim, toda a preparação foi naquela brincadeira, no oba-oba, todo mundo invadindo o campo e querendo uma lembrança dos futuros hexacampeões do mundo. E os jogadores acreditavam que venceriam bem onde e quando quisessem, sem falar na péssima forma que alguns jogadores se apresentaram antes dos treinos, como o Ronaldo, que veio quatro quilos acima do peso.

Existe um ditado que diz: quanto mais alto é o salto, maior é o tombo. E o tombo quando veio foi muito feio. Aquele jogo contra a França nas quartas-de-final foi o ato final de uma equipe que não levou a Copa do Mundo a sério. Quem sabe em 2010, eles tenham aprendido a lição.

Mas houve grandes decepções além do Brasil. Uma menção honrosa pra Inglaterra, que veio aos trancos e barrancos na primeira fase, venceu seu jogo nas oitavas-de-final sem convencer e foi merecidamente eliminado nas quartas-de-final em que o goleiro português Ricardo entrou pra História das Copas do Mundo ao defender três pênaltis em uma mesma disputa, um recorde até hoje.
E outra para o Togo, que se preocupou demais com os prêmios em dinheiro da classificação pra Copa do Mundo e se esqueceram de jogar bola, aliás ameaçaram nem entrar em campo pra jogar contra a França por causa disso. A confusão e a bagunça foi tanta que a FIFA teve que intervir para que os jogadores pudessem receber o dinheiro da classificação que os dirigentes togoleses insistiam em reter. Que coisa...

Bem, depois dessas breves pinceladas dessa Copa, vamos aos artilheiros:

Com 5 Gols: Klose (Alemanha)

Com 3 Gols: Podolski (Alemanha); Crespo e Máxi Rodriguez (Argentina); Ronaldo (Brasil); Fernando Torres e Villa (Espanha); Henry e Zidane (França)

Com 2 Gols: Schweinsteiger (Alemanha); Cahill (Austrália); Adriano (Brasil); Dindane (Costa do Marfim); Wanchope (Costa Rica); Delgado e Carlos Tenório (Equador); Vieira (França); Gerrard (Inglaterra); Materazzi e Toni (Itália); Omar Bravo (México); Bosacki (Polônia); Rosicky (República Tcheca); Frei (Suíça); Shevchenko (Ucrânia)

Com 1 Gol: Frings, Lahm e Neuville (Alemanha); Flávio Amado (Angola); Al Jaber e Al Quatani (Arábia Saudita); Roberto Ayala, Cambiasso, Messi, Saviola e Tevez (Argentina); Aloisi, Kewell e Moore (Austrália); Fred, Gilberto, Juninho Pernambucano, Kaká e Zé Roberto (Brasil); Lee Chun-Soo, Park Ji-Sung e Ahn Jung-Hwan (Coréia do Sul); Drogba, Kalou e Bakari Kone (Costa do Marfim); Ronald Gomez (Costa Rica); Niko Kovac e Srna (Croácia); Kaviedes (Equador); Juanito Gutierrez, Raul e Xábi Alonso (Espanha); Dempsey (Estados Unidos); Ribery (França); Ali Muntari, Appiah, Draman e Asamoah Gyan (Gana); Robben, Van Nistelrooy e Van Persie (Holanda); Beckham, Joe Cole e Crouch (Inglaterra); Baktiarizadeh e Golmohammadi (Irâ); Del Piero, Gilardino, Grosso, Iaquinta, Inzaghi, Pirlo, Totti e Zambrotta (Itália); Nakamura e Tamada (Japão); Fonseca, Rafa Marquez e Zinha (México); Cuevas (Paraguai); Cristiano Ronaldo, Deco, Nuno Gomes, Pauleta e Simão Sabrosa (Portugal); Jan Koller (República Tcheca); Ilic e Zigic (Sérvia e Montenegro); Allback, Larsson e Ljungberg (Suécia); Barnetta e Senderos (Suíça); Jaidi, Jaziri e Mnari (Tunísia); Kalynychenko, Rebrov e Rusol (Ucrânia)

Gols Contra: Zaccardo (Itália) a favor dos Estados Unidos; Gamarra (Paraguai) a favor da Inglaterra; Armando Petit (Portugal) a favor da Alemanha; Sancho (Trinidad e Tobago) a favor do Paraguai

Notas da Copa: Foram marcados nessa Copa 147 gols em 64 jogos, com média de 2,3 por partida, a segunda mais baixa em toda a história. Como em 1962, se preocuparam mais em bater do que fazer gols...
O Brasil chegou ao seu gol de número 200 na História das Copas marcado por Adriano no jogo contra a Gana, onde aproveitou um cruzamento de Cafu e tocou para o gol em completo impedimento. Gol é gol...
E nessa Copa também que o gol número 2000 aconteceu. Foi marcado por Allback na partida contra a Inglaterra cabeceando um escanteio vindo da esquerda.
Trinidad e Tobago foi a única seleção nessa Copa que não marcou gols.
E nessa Copa, Zidane se tornou o quarto jogador na História das Copas a fazer gols em duas Copas diferentes ao acertar aquele mítico e táquicárdico pênalti na final contra a Itália. Em 1998, ele tinha marcado contra o Brasil de cabeça.

Bem, chegamos ao final de nossa série. Espero que tenham gostado. Logo teremos novidades nessa coluna. Aguardem!!!

Bom, eu não gostaria de falar sobre coisas ruins, mas nesse blog nunca aconteceu isso de uma pessoa mal-educada vir agredir com palavrões o cara só porque não entendeu o trabalho e o espírito da coisa.
Mas é triste o que acontece nesse país onde a maioria dos pesquisadores que preservam a história do futebol e suas súmulas nem são lembrados e na maioria das vezes, só toma xingamentos e desaforos dessas pessoas. É lamentável porque essas mesmas pessoas que agridem não sabem o quanto é difícil e complicado a gente manter essa história de pé, onde não é nada fácil conseguir essas informações e muitos destes pesquisadores nem tem acesso as bibliotecas e a Internet para mostrar seu trabalho.
Por isso que apesar de todas as agressões que sofri, vou continuar meu trabalho de preservação histórico-esportiva junto com esses caras que as vezes deixam a vida pessoal de lado pra lutar por um ideal: o ideal do futebol.

É isso. Espero que não tenha que escrever isso de novo. Esse desabafo que tive.

Até a próxima.

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