Olá, pessoal!!
Hoje começou as quartas-de-final da Copa do Mundo e nessas duas primeiras partidas temos muita coisa pra contar, muita mesmo:
HOLANDA 2 X 1 BRASIL
Estádio: Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth (AFS)
Data: 2/7/2010
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Auxiliares: Toru Sagara (JAP) e Jeong Hae-Sang (CDS)
Público: 40.186 presentes
Cartões amarelos: Heitinga, De Jong, Ooijer e Van der Wiel (HOL); Michel Bastos (BRA)
Cartão vermelho: Felipe Melo 27'/2ºT (BRA)
Gols: Robinho 10'/1ºT (Brasil), Sneijder 8'/2ºT e 23'/2ºT (Holanda)
HOLANDA: Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong e Sneijder; Kuyt, Robben e Van Persie (Huntelaar 40'/2ºT) -
Técnico: Bert van Marwijk.
BRASIL: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto 16'/2ºT); Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luís Fabiano (Nilmar 32'/2ºT) -
Técnico: Dunga.
Opinião: Sabe aquelas coisas que dizem alguns médicos que o problema de saúde do paciente não está no corpo e sim na cabeça? Pois foi exatamente assim que o jogo entre os brasileiros e os holandeses se desenhou. Parecia que no primeiro tempo, os holandeses tinham o pavio curto e os brasileiros com a maior calma do mundo. E isso se confirmou com o gol de Robinho logo no início.
O Brasil estava bem demais e jogava como música no primeiro tempo, teve o jogo a sua mercê e o inimigo estava no chão pronto pra se render, mas...
Só havia um jogador que pudesse salvar a Holanda do desastre iminente: Robben? Sneijder? Elia? Huntelaar? Van Persie? Nada Disso!!!!
Quem garantiu a classificação da Holanda foi a grande estrela dessa Copa chamada Bisonho (Não o personagem do Ursinho Puff, claro) ou Bizarro, se preferirem.
E a grande estrela desta Copa do Mundo surgiu no gol de empate holandês onde em um cruzamento "da louca" de Sneijder, Júlio César e Felipe Melo bateram cabeça e a bola entrou em uma cena digna de animê japonês.
E a partir daí, tudo mudou. Os holandeses jogando como música e os brasileiros mais perdidos que cachorros em dia de mudança e mais nervosos como nunca.
E o segundo gol era questão de tempo, e chegou em uma cabeçada de Sneijder para o fundo das redes. O Brasil bem que tentou reagir, mas com a expulsão bizarra e estúpida de Felipe Melo pôs tudo a perder em definitivo.
No fim, os holandeses comemoravam uma classificação improvável e o Brasil foi mais uma vez pra casa com sua velha e boa covardia e apatia dos jogadores de ataque, como há quatro anos atrás.
Minha nota deste jogo é 8,5 pelo bom jogo e pelos eventos improváveis que ocorreram. Mas o futebol é o improvável e é por isso que nós todos gostamos dele. Melhor sorte em 2014, Brasil...
URUGUAI 1 (4) X 1 (2) GANA
Estádio: Soccer City, em Johannesburgo (AFS)
Data: 2/7/2010,
Árbitro: Olegário Benquerença (POR).
Auxiliares: Bertino Miranda (POR) e José Cardinal (POR).
Público: 84.017 pagantes
Cartões amarelos: Fucile, Arévalo, Pérez (URU); Pantsil, Sarpei, Mensah (GANA)
Cartões vermelhos: Suárez, 15'/2ºT da prorrogação (URU)
Gols: Forlán, 10'/2°T (Uruguai); Muntari, 47'/1°T (Gana)
URUGUAI: Muslera, Maxi Pereira, Lugano (Scotti, 37'/1°T), Victorino e Fucile; Álvaro Fernández (Lodeiro, intervalo), Diego Pérez e Arévalo; Cavani (Loco Abreu, 30'/2°T), Forlán e Suárez.
Técnico: Óscar Tabárez.
GANA: Kingson, Vorsah, Pantsil, John Mensah e Sarpei; Annan, Inkoom (Appiah, 28'/2ºT) e Asamoah; Muntari (Adiyiah, 42'/2ºT), Prince Boateng e Gyan.
Técnico: Milovan Rajevac.
Opinião: Sabem que sou fâ de filmes antigos. E principalmente um bom faroeste e melhor ainda se Clint Eastwood estiver atuando. Uma das frases mais marcantes dele foi no filme Três Homens em Conflito onde diz ao personagem de Eli Wallach, o Feio naquela mítica cena que ambos encontram o ouro no cemitério: "Existem dois tipos de pessoas nesse mundo: os que portam armas e os que cavam."
Passando pra esse jogo entre Gana e Uruguai, poderia dizer essa frase de duas maneiras: A primeira é esta: existem dois tipos de bizarrices nesse mundo: as que salvam e as que condenam.
A primeira delas foi cometida pelo uruguaio Luís Suarez ao defender uma bola que certamente entraria no gol e acabou expulso ao cometer um pênalti estúpido no finalzinho da prorrogação, mas por incrível que pareça acabou sendo a que salvou porque no instante seguinte, o Gyan faz uma bizarrice ainda maior que foi chutar o pênalti no travessão e desgraçar um continente inteiro. Esta é a que condena.
A segunda maneira de dizer essa frase surgiu nos pênaltis: existem dois tipos de cobradores de pênaltis nesse mundo: os que erram bisonhamente e os que acertam e "cavam".
Os ganenses perderam dois pênaltis que foram facilmente defendidos pelo Muslera e o Loco Abreu fez jus ao nome que têm acertando um pênalti taquicárdico e encaminhando uma classificação daquelas de contar pros seus filhos e netos no futuro.
Não daria pra falar dos gols desse jogo porquê foram ofuscados por esses incríveis eventos no último segundo da prorrogação.
Minha nota do jogo é 9,5 por essa incrível carga de emoçôes.
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