terça-feira, 19 de outubro de 2010

Joaquinzinho

Joaquinzinho nasceu em Pelotas no dia 31 de dezembro de 1934. Aos 16 anos de idade já atuava nas divisões inferiores do Brasil, destacando-se como uma grande promessa. Em 1954 já era uma radiosa realidade, tornando-se titular absoluto no time treinado por Galego. Em 1957 foi negociado com o Internacional. Teve o azar de pegar o Colorado em crise. O Grêmio acumulava títulos e os rubros formavam um time por temporada. Os atletas vitoriosos do Pan-Americano ou haviam sido negociados ou decaiam de produção dando mostras que os anos haviam chegado. Do Inter, Joaquinzinho foi para São Paulo conhecer o caldeirão Corinthiano. Em dois anos teve oito técnicos e inúmeros companheiros, situação típica de um clube do povo sem ganhar títulos há muito tempo. Também não deu certo. Logo foi para o Juventus. No "Moleque Travesso" da rua Javari fez uma excelente temporada e logo foi contratado pelo Fluminense. No tricolor carioca finalmente encontrou as condições de voltar a apresentar o seu grande futebol dos tempos do Xavante. Em 1963, sob a orientação de Fleitas Solich sagrou-se campeão do Torneio Rio-São Paulo. E no ano seguinte conquistou o Campeonato Carioca. Foi uma grande campanha onde Joaquinzinho foi titular absoluto.
Posteriormente, voltou para o futebol paulista, indo para Campinas defender a Ponte Preta e após o XV de Novembro de Piracicaba. Em 1969 retornou a sua cidade natal, Pelotas, para defender o grande rival de seu clube de origem, o Esporte Clube Pelotas, onde encerrou sua movimentada carreira.
Joaquinzinho considerava que os melhores técnicos que o orientaram foram Tim, Sílvio Pirillo, Martim Francisco e Fleitas Solich. Joaquinzinho foi um atleta polivalente, atuando nas cinco posições mais ofensivas de uma equipe. Preferia atuar como meia-esquerda. Dono de um chute forte e certeiro, marcou inúmeros gols. Declarava que todos foram importantes, não dando destaque especial para nenhum. Desde garoto nunca foi de ir a campo de futebol para assistir os outros atuarem, sempre gostou mais de jogar.

A famosa troca de Joaquinzinho por Pelé

Quando o Santos F.C. excursionava pelo interior do Rio Grande do Sul, o garoto Pelé, então com 16 anos, e que aos poucos ia se firmando na equipe titular do peixe, foi sondado, sem saber, por dirigentes do Brasil, os quais ficaram impressionados com o talento mostrado pelo jovem de canelas finas e corpo franzino, na partida disputada no dia 22/03/57, no empate do Santos diante da equipe Xavante. Essa sondagem deu-se no saguão do Grande Hotel de Pelotas, quando o presidente do Brasil, Carlos Russomano, ouviu do técnico Lula o pedido de liberação do atacante Joaquinzinho, o grande destaque daquele time. O presidente Russomano respondeu que só liberaria o atleta caso o Santos pagasse CR$ 400 mil e cedesse também "aquele negrinho rápido" que o técnico Lula houvera colocado em campo no segundo tempo. O técnico Lula disse que não haveria negócio, pois aquele menino era um talento a ser lapidado e que o clube santista não tinha interesse em se desfazer do jovem craque, pondo fim à conversa.

Fonte: http://www.brasildepelotas.com

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