quarta-feira, 28 de abril de 2010

Súmulas 1930

FLAMENGO (RJ) 0 X 2 FLUMINENSE (RJ)
Data: 23/11/1930
Campeonato Carioca (AMEA)
Local: Estadio das Laranjeiras
Árbitro: Oswaldo Travassos Braga (Fluminense)
Gols: Prego (2)
FLAMENGO: Floriano, Valdemar, Helcio, Benevenuto, Darci, Pedro Fortes, Gerardo, Vicentino, Marcondes, Rolinha e Rochinha.
FLUMINENSE: Batalha, Norival e Albino, Cotta, Cabral e Ivan, Zé Maria, Salvio, Fernando, Prego e De Mori

AMÉRICA (RJ) 0 X 2 SÃO CRISTOVÃO (RJ)
Data: 23/11/1930
Campeonato Carioca (AMEA)
Local: Campos Sales
Árbitro: Diogo Rangel (Vasco da Gama)
Gols: Doca, Arthur
AMÉRICA: Joel, Pennaforte e Hildegardo, Affonso, Lincon e Hermogenes, Sobral, Telê, Carola, Fragoso (Mário Pinto) e Popó
SÃO CRISTOVÃO: Balthazar, Zé Luis e Jucá, Agrícola, João e Ernesto, Arthur, Doca, Alceu Jaburu), Bahiano e Gaúcho

BANGU (RJ) 2 x 1 ANDARAHY (RJ)
Data: 23/11/1930
Campeonato Carioca (AMEA)
Local: Rua Ferrer / Bangu (RJ)
Árbitro: Virgílio Fredrighi
Gols: Jaguarão, Médio; Mangueirinha
BANGU: Zezé, Domingos da Guia, Sá Pinto, Zé Maria, Santana, Eduardo, Buza, Ladislau, Médio, Dininho, Jaguarão.
ANDARAHY: Walter, Moacyr e Juvenal, Ferro, Faria e Barata, Antoninho, Antoniquinho, Pedro, Mangueirinha e Cid

SYRIO E LIBANEZ (RJ) 4 X 5 BRASIL (RJ)
Data: 23/11/1930
Campeonato Carioca (AMEA)
Local: Rua Figueira de Melo
Árbitro: Leonardo Teixeira
Gols: Nilo, Almeida (2), Leônidas, Lulú (3), Neves, Cozinheiro
SYRIO: Cotta, Fernandes e Rodrigues, Solon, Arnô e Marcello, Catita, Almeida, Esperidião, Leônidas e Lulu
BRASIL: Antoninho, Manuel e Bianco, Castro, Zezé e Nilo, Walter, Jahú, Delphim, Lulú e Neves

BOA VISTA (RJ) 4 X 1 MAVÍLIS (RJ)
Data: 23/11/1930
Campeonato Carioca (LMDT)
Local: Estrada das Furnas
Árbitro: Waldemar da Silva
Gols: Bahiano (3), Walter, Badú II
BOA VISTA: Capito, Dunes e Gigante, Sinhô, Nevecínio e Walter, Leite, Bethuel, Bahiano, Barcellos e Campista
MAVÍLIS: Ismael, Polaco e Lauro, Oswaldo I, Oswaldo II e Leopoldo, Alfredo, Hermes, Badú I, Badú II e Antoninho

BRASIL (RJ) 4 x 3 VILLA NOVA (MG)
Data: 30/04/1930
Amistoso Interestadual
Local: Nova Lima
Árbitro: Euclides Dias
Gols: Modesto (2), Lulu, ..........
VILLA NOVA: Alencastro,Barão e Sérgio, Geraldo, Carvalho e Geninho, Natalino, Moore, Cícero, Pirão e Lera
BRASIL: Joãozinho, Rodrigues e Bianco, Paulino, Russo e Paulo, Bahianinho, Brilhante, Delphino, Modesto e Lulu

OLARIA (RJ) 3 X 1 CONFIANÇA (RJ)
Data: 30/03/1930
Amistoso Estadual
Local: Estádio das Laranjeiras
Árbitro: Milton de Castro Menezes
Gols: Vieira (2); Nelson e Waldemiro
OLARIA: Amaury, Aristeu e Campos, Augusto, Machado e Claudionor, Oswaldo, Vieira, Rubem, Nelson e Norival
CONFIANÇA: Altair, Walfredo e Hernãni, Floriano, Cesalpino e Syrio, Delio, Rubem, Waldemiro, Porcelli e Mendes

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1978

Olá, Pessoal!!!

A nossa série sobre Copas do Mundo chega a sua décima-primeira edição na Argentina. Uma Copa cercada de polêmicas, de mistérios e de uma pergunta que não quer calar: A quem interessaria aquela marmelada peruana além dos argentinos, que foram beneficiados?

E novamente a política respingaria na Copa do Mundo, desta vez de forma muito cruel. Para entender melhor o que aconteceu, vamos voltar para 1976, onde houve o golpe militar que depôs a presidente Maria Estela Martinéz de Perón assumindo em seu lugar o general Jorge Rafael Videla, considerado o mais sanguinário de todos os generais sul-americanos. Ficou 4 anos no poder o suficiente para mandar torturar, chacinar e "desaparecer" várias pessoas naquele país.

E é claro, como todo bom ditador que se preze, o general argentino usou a velha tática que funcionava desde os primórdios da história, á tática do "pão-e-circo" para distrair as pessoas e fazê-las esquecer daqueles "terroristas" que atacavam a "boa saúde" do país. Em suma, fez uma imagem bonita por fora para que todos vissem a "prosperidade e a calma" do país, mas internamente a situação era de caos e morte.

A seleção da Argentina, naquela Copa, era muito boa e em condições normais certamente seria campeã sem ajuda dos bastidores. Mas logo os "pistolões militares" começaram a agir para que o título não sairia da Argentina. Primeiro, fizeram com que os argentinos não viajassem muito para evitar o cansaço da equipe enquanto que equipes como o Brasil tiveram que viajar mais de 4000 quilômetros entre um jogo e outro. Depois, foram beneficiados no jogo contra a Hungria pelas expulsões esquisitas de Torocsik e Nyilasi pelo árbitro e sem falar ainda de uma das maiores vergonhas da história das Copas, com aquela goleada mais do que esquisita em cima do Peru de 6 x 0. Imagina só se fosse seu time do coração que fizesse essa maracutaia toda de afrouxar a marcação, dar passes errados de propósito, seu goleiro franguear em todos os chutes a gol e depois de tudo isso os jogadores do seu time tivessem a cara-de-pau de dizer que jogaram com orgulho e perderam com honra e o técnico com a maior cara-de-pau ainda de dizer que a equipe saiu de cabeça erguida!!!
Sem dúvida, você, que é torcedor íntegro e honesto que paga o seu ingresso todo santo final de semana pra ve-los jogar, lincharia todos os jogadores e a comissão técnica por isso, certo?
E foi exatamente isso que a torcida peruana fez quando o time chegou a Lima. Um merecido linchamento.

Apesar dessas suspeitas todas, poderíamos dizer que essa foi a Copa dos gols bonitos. Aquele chutaço de fora da área do holandês Arie Haan contra a Itália que valeu a passagem da Holanda pra final, aquele de curva do lateral Nelinho que todo mundo não se cansa de ver nos DVDs de Copas do Mundo contra a Itália que foi ao mesmo tempo obra de arte e de qualidade e aquele do escocês Gemmill contra a Holanda onde driblou toda a zaga em um curto espaço antes de finalizar são três belos exemplos.

Nessa Copa, começaram a surgir três boas gerações de jogadores que encantariam o mundo nas Copas seguintes: a francesa, a alemâ-ocidental e a italiana.

A França, apesar de ter caído fora na primeira fase, mostrou um belo time com jogadores como Six, Tiganá e o ainda garoto Michel Platini que fariam furor anos depois, A Alemanha Ocidental, que revelou-se um bom time nessa Copa liderado por um jovem jogador que faria um grande sucesso mais tarde, Karl Heinz Rummenigge, considerado por muitos o sucessor de Beckenbauer e a Itália, que honrou o quarto lugar e revelou jogadores como Bettega, Conti, Scirea e principalmente Paolo Rossi que teria, quatro anos depois, um papel de impacto que mudaria a história do futebol para sempre.

Mas ao mesmo tempo, despedia-se uma geração de grandes talentos que reuniam-se em uma só seleção, a Holandesa.
Quase todos os jogadores estavam lá, exceto Cruyff que era um ferrenho opositor da ditadura militar argentina e por pouco, muito pouco mesmo não fizeram um "monumentazo" com aquela bola na trave do Rensenbrink no último minuto. Foi uma pena, os holandeses mereciam coisa muito melhor...

Já o Brasil novamente decepcionou em 1978. Um time não tão covarde como o de 1974 mas inseguro, apático e principalmente teórico demais. Os jogadores preocuparam-se demais com as táticas e esqueceram do mais importante: jogar bola. E o técnico Cláudio Coutinho inventou tanto que acabou se perdendo durante a Copa com suas teorias. Entre outras coisas, colocou o Nelinho como atacante e o Gil como lateral-direito!!! Evidente que não funcionaria.
Mas podemos dizer ainda que o Brasil foi "decepcionado" pelas circunstâncias no mínimo misteriosas dessa Copa. No jogo contra a Suécia, o juíz terminou o jogo no momento em que o Zico marcava o gol da vitória brasileira de cabeça em um escanteio da direita. Pelo bom senso, o juíz teria que terminar APÓS o lance ter ocorrido e não no meio dele. Dá a entender que o Brasil foi prejudicadissimo nesse jogo. Se terminasse em primeiro no grupo, certamente não enfrentaria a Argentina como ocorreu em Rosário e nem tampouco teria que jogar mais cedo contra a Polônia e ver a seleção peruana praticamente entregar sua honra aos argentinos em troca de milhões de dólares. Em tudo isso, dá pra dizer que o Cláudio Coutinho tinha uma certa razão em dizer que o Brasil foi campeão moral, mas no mundo do futebol há muita sacanagem e desonestidade e na maioria das vezes, o mal vence o bem infelizmente...

E uma menção honrosa a Seleção da Tunísia, que tinha tudo pra ser um saco de pancadas e terminou levando para a África a primeira vitória em Copas do Mundo deixando esse posto para os mexicanos.

E sem mais delongas, vamos para os artilheiros. Uma curiosidade antes disso: o artilheiro dessa Copa, o meu xará Mário Kempes só foi goleador graças a uma bela raspagem de bigode que deu muita sorte a ele. O que teve de gente que raspou a barba pra marcar gols depois disso...

Com 6 Gols: Kempes (Argentina)

Com 5 Gols: Rensenbrink (Holanda); Cubillas (Peru)

Com 4 Gols: Luque (Argentina); Krankl (Austria)

Com 3 Gols: Rummenigge (Alemanha Ocidental); Dirceu e Roberto Dinamite (Brasil); Rep (Holanda); Paolo Rossi (Itália)

Com 2 Gols: Dieter Muller e Flohe (Alemanha Ocidental); Bertoni (Argentina); Nelinho (Brasil); Gemmill (Escócia); Brandts e Haan (Holanda); Bettega (Itália); Boniek e Lato (Polônia)

Com 1 Gol: Abramczik, Hansi Muller e Holzenbein (Alemanha Ocidental); Houseman, Passarella e Tarantini (Argentina); Obermayer e Schachner (Áustria); Reinaldo e Zico (Brasil); Dalglish e Jordan (Escócia); Asensi e Dani (Espanha); Berdoll, Lacombe, Lopez, Platini e Rocheteau (França); Poortvliet, René Van der Kerkhof e Willy Van der Kerkhof (Holanda); András Toth, Csapó e Zombori (Hungria); Danaifar e Rowshan (Irâ); Causio e Zaccarelli (Itália); Rangel e Vazquez Ayala (México); Cueto e Velasquez (Peru); Deyna e Szarmach (Polônia); Sjoberg (Suécia); Dhouieb, Ghommidh e Kaabi (Tunísia)

Gols Contra: Berti Vogts (Alemanha Ocidental) a favor da Áustria; Brandts (Holanda) a favor da Itália); Eskandarian (Irã) a favor da Escócia

Notas da Copa: Foram marcados nessa Copa 103 gols em 38 jogos com média de 2,68 por jogo. Uma média normal...
Nessa Copa, ocorreu o milésimo gol na história das Copas feito por Rensenbrink contra a Escócia cobrando pênalti.
Além desse registro, a Holanda deixou outros dois registros históricos: teve o único jogador na história das Copas do Mundo a marcar um gol contra e outro a favor no mesmo jogo, que foi Brandts contra a Itália e Rene Van de Kerkhof e Willy Van de Kerkhof foram os primeiros (e únicos) irmãos gêmeos a marcar gols em uma mesma Copa do Mundo.
Dois jogadores chegaram ao hat-trick nessa copa que foram Rensenbrink e Cubillas que fizeram três gols cada um contra o Irâ. Pena que esse último participou daquele arranjo....
E a Argentina chegou ao seu gol de número 50 nessa Copa. O gol foi marcado por Houseman no jogo contra o Peru, aproveitando, digamos, uma moleza da zaga adversária em um cruzamento de Ortiz e chutando fraquinho para um frangaço suspeito do Quiroga...
E vale lembrar que foi esse gol histórico que mandou a Argentina pra final daquela Copa e pro título. Era tudo que os militares queriam para legitimar a ditadura. E se não fosse a bobagem de declarar guerra a Inglaterra por causa das Malvinas, certamente os militares estariam no poder até hoje na Argentina matando, torturando e assassinando inocentes, e o futebol, nesse caso, foi utilizado infelizmente como o ópio do povo, algo que muitos políticos oportunistas gostam de dizer e de condenar um esporte tão apaixonante como este.

Até a próxima, com a Copa de 1982, na Espanha, Hasta La Vista!!!!

Pagão

Considerado um dos maiores craques brasileiros de todos os tempos, dotado de alta técnica futebolística, Pagão foi sempre prejudicado, ao longo de sua carreira, pelo excesso de contusões. Pagão é o ídolo maior do músico e escritor Chico Buarque de Hollanda, que fez até música tendo o jogador como tema. Apontado pelo seu sucessor no Santos, o inesquecível Coutinho, como o maior centroavante de todos os tempos.

Pagão começou no futebol na Portuguesa Santista. Em 1955, veio para o Santos Futebol Clube, onde no mesmo ano conquistou o Paulista. Em 1956, Pagão foi o jogador que mais marcou ao longo de toda a temporada com a camisa do Santos (34 gols). Em 1957 foi o terceiro maior artilheiro (33 gols), baixando para o quarto em duas temporadas consecutivas (1958, 23 gols; e 1959, 31 gols).

Em 1961 e 1962, menos de um degrau na escala de artilheiros do ano, no Santos: foi quinto em 1961 (12 gols) e 1962 (18 gols). Em 1957, atuando 59 vezes (foi o ano em que mais jogou) Pagão foi terceiro mais assíduo, com a camisa Alvinegra da Vila, ao longo da temporada.

Em 1963 saiu do Santos para jogar no São Paulo FC.Também jogou no C.A. Lanús e Jabaquara AC. Faleceu aos 56 anos, em 04 de abril de 1991.

Nome Completo
Paulo César de Araújo
Data e local de nascimento
27/10/1934 em Santos (SP)
Período em que atuou pelo Santos
1955 a 1963

Títulos conquistados
Campeão brasileiro de seleções estaduais em 1956
Campeão Paulista (1955/1956/1958/1960/ 1961/ e 1962)
Campeão Brasileiro (1961)
Campeão Sul Americano (1962)
Campeão do Torneio Rio/São Paulo (1959 e 1963)
Torneio Internacional da FPF (1956)
Torneio Mario Echandi da Costa Rica (1961)
Torneio Pentagonal da Cidade de Guadalajara/México (1961)
Torneio de Paris (1961)

Números
Total de gols assinalados jogando pelo Santos: 159
Total de jogos disputados em defesa do Santos: 345
Total de títulos conquistados pelo Santos: 16
Total de títulos conquistados pela Seleção Paulista: 01
Total de jogos disputados pela Seleção Brasileira: 02

Fonte: http://santos.globo.com/clube_historia_idolo.php?cod=109

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Santos F.C.

Em pé: Paulinho, Marcio, Chicão, Marolla, Neto e Washington
Agachados: Claudinho, Eloi, Palhinha, Pita e Nilson Dias

Apelido: Santos
Nome Real: Santos Futebol Clube
Fundação: 14/04/1912
Endereço: Rua Princesa Isabel s/n CEP:11075-500 - Santos/SP
Telefone: (13) 239-4000
Estádio: Vila Belmiro (20.000)
Uniforme: Branca, branco, brancas

Principais Títulos
Mundial InterClubes: 1962, 1963
Copa Conmebol: 1998
Copa Libertadores 1962, 1963
Campeonato Brasileiro Divisão: 2002, 2004
Taça Brasil: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965
Taça de Prata: 1968
Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964, 1966, 1997
Estadual Paulista 1a. Divisão: 1935, 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973, 1978, 1984, 2006, 2007
Torneio de Buenos Aires: 1968
Torneio de Guadalajara: 1961
Torneio de Lima : 1960
Torneio de Paris: 1960, 1961

SANTOS (SP) 2 x 0 SÃO JOSÉ (SP)
Data: 19/08/1981
Campeonato Paulista
Local: Estádio de Vila Belmiro / Santos)
Árbitro: José de Assis Aragão
Renda: Cr$ 1.574.500,00
Público: 7.779
Cartão Amarelo: Toninho Vieira, Ricardo e Elói.
Gols: Nílson Dias 26/1º; Pita 40/2º
SANTOS: Marolla, Suemar, Joãozinho, Neto e Paulinho; Toninho Vieira (Gilberto Costa), Eló (Márcio Fernandes) e Pita; Ronaldo, Luisão e Nílson Dias / Técnico: Coutinho.
SÃO JOSÉ: Ivã, Sóter, Darci, Beto Fuscão e Ricardo; Gérson Andreotti, Tata e Alexandre Bueno (Esquerdinha); Edinho (Ademir Melo), Tião Marino e Nenê / Técnico: Fidélis.

VASCO DA GAMA (RJ) 2 X 2 SANTOS (SP)
Data : 18/11/1990
Campeonato Brasileiro
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro
Arbitro : Renato Marsiglia Público : 3.880
Gols : Luciano 01, Nei 41/1º, Bismarck 21 e Sérgio Manoel 30/2º
VASCO DA GAMA: Acácio, Dedé, Tosin, Jorge Luís, Cássio, Zé Do Carmo, Bismarck, William, Luciano (Boiadeiro), Sérgio Araújo e Sorato / Técnico : Zagallo
SANTOS: Sérgio, Índio (Mendonça), Pedro Paulo, Luís Carlos, Marcelo Veiga (Derval), César Sampaio, Sérgio Santos, Edu, Almir, Nei e Sérgio Manoel / Técnico : Pepe

ITABAIANA (SE) 0 x 3 SANTOS (SP)
Data: 07/02/1981
Campeonato Brasileiro
Local: Lourival Batista / Aracaju
Árbitro: Maurílio José Santiago (MG)
Renda: Cr$ 1.087.400,00
Público: 10.004
Gols: Washington 12 e João Paulo 34/1º; João Paulo 08/2º
ITABAIANA: Marcelo, Esmerino, Aluísio, Rubens e Valdir; Gustinho, Nílson e Roberto (Damião); Toinho (Misso), Boca e Luís Carlos / Técnico: Deri.
SANTOS: Marolla, Paulinho, Joãozinho, Miro (Márcio) e Washington; Gilberto Costa (Aluísio), Mococa e Claudinho; Ronaldo, Roberto Biônico e João Paulo /Técnico: Sérgio Clérici.

SANTOS (SP) 2 x 1 COMERCIAL (SP)
Data: 11/01964
Campeonato Paulista
Local: Estádio Urbano Caldeira / Vila Belmiro.
Árbitro: Stefan Válter Glanz.
Renda: Cr$ 3.733.700,00
Público: 9.917 pagantes
Gols: Toninho 18/1º, Luis Carlos 17 e Peixinho 40/2º
SANTOS: Gilmar; Ismael, Modesto e Dalmo; Joel e Zito; Peixinho, Mengálvio, Toninho,
Lima e Pepe.
COMERCIAL: Rosãn; Antoninho, Jair e Jorge; Ditinho e Piter; Luis Carlos, Paulinho, Luis,
Hélio e Ari.

PALMEIRAS (SP) 4 X 4 SANTOS (SP)
Data: 13/04/1955 Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio do Pacaembu / São Paulo
Renda: Cr$ 162.600,00
Árbitro: Telêmaco Pompeu
Gols: Liminha 24, Rodrigues 27 penalti, Nei 42 e Moacir 65; Pepe 20, Del Vechio 32, Vasconcelos 63 e Walter 66
PALMEIRAS: Cavani; Manoelito e Cação; Nicolau, Waldemar Fiúme e Dema; Moacir,
Liminha, Nei, Ivan e Rodrigues /Técnico: Ventura Cambon
SANTOS: Manga, Helvio e Ivan (Sarno); Cássio (Feijó), Formiga e Urubatão; Del Vechio, Valter Marciano,
Alvaro, Vasconcelos e Pepe / Técnico: Lula

terça-feira, 20 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1974

Olá, pessoal!!

Seguindo a nossa série sobre as Copas do Mundo, chegamos agora a 1974, na então Alemanha Ocidental (na época a Alemanha estava dividida) para a sua décima edição.

Essa copa me faz lembrar uma piada de papagaio, aquela em que encontra um homem e fala que a casa era nova, a mulher era nova, o carro era novo mas o dono era o mesmo. Trocando pra linguagem do futebol, esse papagaio poderia falar que a taça é nova, o país é novo, o presidente da FIFA é novo mas o campeão era o mesmo, como vai, dona Alemanha!!!!

E os alemães-ocidentais (Sim, a Alemanha Oriental também jogou e não decepcionou, chegando a segunda fase e derrotando inclusive a própria Alemanha Ocidental nessa Copa) mereceram ganhar aquela Copa mesmo. Mas por pouco que essa festa não acontece. Como sabemos, o técnico Helmut Schon era aquele típico técnico que não dava muitas liberdades para os jogadores, mas foi convencido por Beckenbauer a afrouxar um pouco mais as regras, pois o capitão do time acreditava que com a presença das namoradas e esposas, os jogadores poderiam se motivar mais para conseguir o título. E foi tiro e queda. Cresceram de produção e surpreenderam o mundo novamente ganhando o título em cima da favorítissima Holanda.

Sim, os holandeses foram os grandes revolucionários dessa Copa graças ao seu carrossel mágico e seu futebol total, onde todo mundo podia atacar e defender ao mesmo tempo, fazendo confundirem os adversários que ficaram sem saber a quem marcar, já que ninguém tinha posição fixa no campo.
Dizem os boatos da época que eles eram um pouco marrentos, cobrando inclusive cachê para os autógrafos dos torcedores mas apesar dessas coisas todas, tinham um time que maravilhava a todos os amantes do futebol bem jogado. O símbolo desse time era Johan Cruyff que marcava, armava e finalizava como poucos. O Brasil que o diga.

Essa Copa foi praticamente um replay de 1954, com a diferença que houve menos gols do que aquela (ver notas da Copa) e não houve uma pancadaria generalizada como houve naquele jogo Brasil x Hungria (ver Artilharia da Copa de 1954 para mais detalhes) mas teve momentos tanto dramáticos como cômicos.
Os chilenos, por exemplo, tinham retornado a Copa após 8 anos e de uma forma polêmica. Tudo porque a União Soviética tinha se recusado a jogar no estádio Nacional pelo fato de muitas pessoas terem sido barbaramente executadas pela Guarda Nacional do presidente ditador Augusto Pinochet que tinha derrubado Salvador Allende no ano anterior. E para piorar mais as coisas, o seu atacante Carlos Caszely, que era ferrenho opositor do Pinochet, acabou expulso no jogo contra a Alemanha Ocidental levando como "prêmio" a proibição de jogar futebol em seu próprio país. Se exilou na Espanha depois disso.
Já o Haiti e o Zaire (hoje República Democrática do Congo) foram a parte cômica dessa Copa. O primeiro pelo fato esdrúxulo de ter o primeiro jogador que foi pego no anti-dóping, o zagueiro Jean-Joseph que levou uma bela surra dos seguranças da delegação haitiana no dia seguinte por causa disso. Pelo menos isso foi compensado pelo gol que o Sanon marcou em cima do Dino Zoff, acabando com uma marca de quase 1200 minutos sem tomar gol. E os congoleses....

Olha, esse time fez de tudo, menos gol. Levou uma goleada sonora da Iugoslávia sendo que o goleiro Kazadi pediu pra sair pelos frangaços que tomou, sendo substituído pelo reserva Tubilandu, que era outro frangueiro de marca maior e levou outros tantos. No jogo contra o Brasil, o zagueiro Mwepu deu um bico na bola em uma cobrança de falta pro Brasil e levou cartão amarelo e sem falar na cacetada absurda que deu no juíz Oscar Delgado na partida anterior. Só que o expulso foi o N´Daye, por engano do juíz. E para terminar a epopéia africana, quando os jogadores chegaram em casa, descobriram que não tinham mais casa e nem carro porque o ditador Joseph Mobutu confiscou tudo depois do fiasco na Copa. Nesse caso, o ditador estava com a razão.

Mas também teve boas surpresas como o caso da Polônia, que veio na dela, fez uma espetacular primeira fase em um verdadeiro "grupo da morte" com Argentina e Itália e terminando na frente das duas seleções, fez uma boa segunda fase e terminou em um ótimo terceiro lugar com uma vitória merecida sobre o Brasil. Tinham uma boa equipe comandada por jogadores como Deyna, Szarmach, o bom goleiro Tomaszewski que se especializava em pegar pênaltis e principalmente o veloz e goleador atacante Lato. Veloz mesmo, o cara corria 100 metros em 10 segundos, tempo digno de Usain Bolt!!!

E a própria Argentina que apesar dos trancos e barrancos conseguiu chegar entre os oito primeiros revelando bons jogadores que dariam muito o que falar nas copas seguintes como o goleiro Fillol e o atacante Mário Kempes. E também a Alemanha Oriental, já citada parágrafos acima.

Já o Brasil foi uma decepção só nessa Copa. Tudo bem que sentiram muito a falta do Pelé mas o Zagalo tinha que formar um time tão retranqueiro assim? Sim, um time sem alma e sem vontade de atacar, que envergonhava a torcida. Ficamos em quarto lugar, é verdade, mas um desmerecido posto pelo que fizeram em campo. Bom, o exemplo emblemático disso que falei foi a partida contra o Zaire (atual República Democrática do Congo) onde precisava vencer por três gols de diferença para não ficar fora da primeira fase e só conseguiu o feito depois de um frangaço homérico do goleiro Kazadi em um chute lotérico e desesperado de Valdomiro. E ali foi o sinal da grande vergonha que foi a Seleção Brasileira naquela Copa. Nada como uma Holanda para fazer voltar a triste normalidade...

Outra decepção foi a Itália, que veio com o objetivo de fazer uma boa campanha e acabou indo embora na primeira fase devido a brigas constantes entre os jogadores e o técnico e a vaidade de alguns deles, como Riva e Rivera que fizeram beicinho ao serem barrados pelo técnico e não foram treinar em desagravo. Vaidade só destrói....

E sem mais delongas, vamos aos artilheiros que fizeram o seu nome nessa copa:

Com 7 Gols: Lato (Polônia)

Com 5 Gols: Neeskens (Holanda); Szarmach (Polônia)

Com 4 Gols: Gerd Muller (Alemanha Ocidental); Rep (Holanda); Edstrom (Suécia)

Com 3 Gols: Paul Breitner (Alemanha Ocidental); Houseman (Argentina); Rivelino (Brasil); Crujff (Holanda); Bajevic (Iugoslávia); Deyna (Polônia)

Com 2 Gols: Overath (Alemanha Ocidental); Streich (Alemanha Oriental); Yazalde (Argentina); Jairzinho (Brasil); Jordan (Escócia); Sanon (Haiti); Karasi e Surjak (Iugoslávia); Sandberg (Suécia)

Com 1 Gol: Bonhof, Cullmann, Grabowski e Hoeness (Alemanha Ocidental); Hoffmann e Sparwasser (Alemanha Oriental); Ayala, Babington, Brindisi e Heredía (Argentina); Valdomiro (Brasil); Bonev (Bulgária); Ahumada (Chile); Lorimer (Escócia); De Jong, Krol e Rensenbrink (Holanda); Anastasi, Benetti, Fábio Capello e Rivera (Itália); Bogicevic, Dzajic, Katalinski, Oblak e Petkovic (Iugoslávia); Górgon (Polônia); Torstensson (Suécia); Pavoni (Uruguai)

Gols Contra: Perfumo (Argentina) a favor da Itália; Curran (Austrália) a favor da Alemanha
Oriental; Krol (Holanda) a favor da Bulgária

Notas da Copa: Foram marcados 97 gols em 24 jogos com média de 2,55 por jogo. Uma média meio baixa...
O gol de Paul Breitner cobrando pênalti contra a Holanda foi o de número 100 da Alemanha na história das Copas.
Já a Itália atingiu o seu gol de número 50 nessa Copa marcado por Benetti no jogo contra o Haiti em um chute que desviou em Auguste antes de entrar.
Dois jogadores atingiram o hat-trick nessa Copa: Szarmach, da Polônia, que fez três gols contra o Haiti e Bajevic, da Iugoslávia que fez três gols contra o Zaire (atual República Democrática do Congo). Curiosamente, é pela primeira vez na história das Copas que o goleador da competição não marca um hat-trick.
O segundo gol de Héctor Yazalde contra o Haiti foi o de número 900 na história das Copas em um chute de esquerda no canto.
Austrália e Zaire (atual República Democrática do Congo) não marcaram gols nessa edição da Copa do Mundo.

Até a próxima, com a Copa de 1978, na Argentina. Hasta Luego!!!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

COPA DO MUNDO DE 1954 - URUGUAI

Olá amigos!

Após a histórica conquista da Copa do Mundo de 1950, quando derrotou o Brasil em um Maracanã com incontáveis torcedores, o Uruguai era um dos favoritos para conquistar o troféu também em 1954. A campanha da “Celeste Olímpica” foi excelente e o sonho do Tri-Campeonato, já que também havia vencido a Copa do Mundo de 1930, parou somente na prorrogação do duelo semi-final contra a Hungria, um dos maiores jogos de todos os tempos. Vamos às súmulas dos jogos do Uruguai na Copa do Mundo de 1954.

Uruguai 2 x 0 Tchecoslováquia
Fase de Grupos – Grupo C
Data: 16/06/1954
Local: Wankdorf Stadion (Berna)
Juiz: Arthur Ellis (ING)
Gols: Miguez 72’ e Schiaffino 81’.
Uruguai: Máspoli, Santamaria, Martinez, Andrade, Varela, Cruz, Abbadie, Ambrois, Míguez, Schiaffino, Borges. Técnico: López
Tchecoslováquia: Reimann, Safranek, Novak, Trnka, Pluskal, Hertl, Hlavacek, Hemele, Kacani, Pazicky, Kraus. Técnico: Kolsly

Uruguai 7 x 0 Escócia
Fase de Grupos – Grupo C
Data: 19/06/1954
Local: St.Jakob Stadion (Basiléia)
Juiz: Vincenzo Orlandini (ITA)
Gols: Borges 17’, Míguez 31’, Borges 48’, Abbadie 55’, Borges 58’, Míguez 80 e Abbadie 84’.
Uruguai: Máspoli, Santamaria, Martinez, Andrade, Varela, Cruz, Abbadie, Ambrois, Míguez, Schiaffino, Borges. Técnico: López
Escócia: Martin, Cunningham, Aird, Docherty, Davidson, Cowie, McKenzie, Fernie, Mochan, Brown, Ormond. Técnico: Beattie

Uruguai 4 x 2 Inglaterra
Quartas-de-Final
Data: 26/06/1954
Local: St.Jakob Stadion (Basiléia)
Juiz: Erich Steiner (AUT)
Gols: Borges 5’, Lofthouse 16’, Varela 44’, Schiaffino 47’, Finney 67’ e Ambrois 78’.
Uruguai: Máspoli, Santamaria, Martinez, Andrade, Varela, Cruz, Abbadie, Ambrois, Míguez, Schiaffino, Borges. Técnico: López
Inglaterra: Merrick, Staniforth, Byrne, McGarry, Wright, Dickinson, Matthews, Broadis, Lofthouse, Wilshaw, Finney. Técnico: Winterbottom

Uruguai 2 x 4 Hungria
Semi-Final
Data: 30/06/1954
Local: La Pontaise (Lausanne)
Juiz: Benjamin Griffiths (GAL)
Gols: Czibor 13’, Hidegkuti 46’, Holberg 75’, Holberg 86’, Kocsis 111’ e Kocsis 116’.
Uruguai: Máspoli, Santamaria, Martinez, Andrade, Carballo, Cruz, Souto, Ambrois, Schiaffino, Holberg e Borges. Técnico: López
Hungria: Grosics, Buzanszky, Lantos, Bozsik, Lóránt, Zakarias, Budai, Kocsis, Hidegkuti, Czibor, Palotas. Técnico: Gustav Sebes

Uruguai 1 x 3 Áustria
Disputa do 3º lugar
Data: 03/07/1954
Local: Sportzplatz Hardturm (Zurique)
Juiz: Paul Wyssling (SUI)
Gols: Stojaspal 16’, Holberg 22’, Cruz (contra) 59’ e Ocwirk 79’.
Uruguai: Máspoli, Santamaria, Martinez, Andrade, Carballo, Cruz, Abbadie, Holberg, Mendez, Schiaffino, e Borges. Técnico: López
Áustria: Schmied, Hanappi, Barschandt, Ocwirk, Kollmann, Koller, R.Körner, Wagner, Stojaspal, Probst, Dienst. Técnico: Nausch

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1970

Olá, Pessoal!!!

A Nossa Série sobre a Copa do Mundo chega a sua nona edição, que se realizou em 1970, no México. Se pudessemos descrever essa Copa em uma só palavra seria inesquecível.

Sim, meus amigos!!! Em um só lugar foram reunidos todos os grandes craques do século e cada seleção tinha no mínimo um herói ou uma história legal pra contar.
Teve momentos mágicos protagonizados pela Seleção Brasileira com seu irresistível Quarteto Mágico: Jairzinho com sua vontade, Tostão com sua inteligência, Pelé com seus quase-gols (sim, é verdade, não é lembrado pelos gols que fez mas pelo que NÃO fez) e Rivelino com suas patadas atômicas, ajudados ainda pelos lançamentos milimétricos de Gerson e pela vitalidade de Clodoaldo. E sem falar em Carlos Alberto Torres, o Capitão do Tri com sua liderança natural.

Bem, todos aí com certeza lembrarão no mínimo de um lance dessa mágica seleção brasileira e ficaria difícil de descrever tantas jogadas maravilhosas em tão poucas linhas. Mas descrevo uma jogada bela e coletiva, que foi o quarto gol contra a Itália, onde a bola foi de pé em pé até chegar a Pelé que deu um passe "meio displicente" mas que Carlos Alberto Torres soube transformar essa "displicência" em um belo gol.

Teve momentos de superação, que foram construídos de diversas maneiras. Um deles foi no jogaço entre Itália x Alemanha Ocidental onde nele o Beckenbauer teve que jogar com o ombro imobilizado. Mesmo assim, liderou o time em uma espetacular reação na prorrogação que só foi parada no final com um gol de Rivera no finalzinho do jogo. Além dele, havia também outros bravos heróis como Uwe Seeler, que já não fazia tantos gols como antes mas tornou-se um ótimo passador, Overath, que tornava-se uma realidade e um novo artilheiro que surgiu nessa Copa, rápido e com boa colocação para finalizar para a rede, Gerd Muller.

Outro exemplo de superação foi da Seleção Uruguaia. Perdeu o seu herói Pedro Rocha na estréia por lesão, passou um sufoco danado contra a União Soviética sendo salvo pelo herói Esparrago, que marcou de cabeça no finzinho e só caiu para um Brasil que queria vingança pela derrota de 1950 em sua casa que foi feito com juros e correção monetária.

Vingança que também marcou a Seleção Inglesa. Só com a diferença que eram os vilões nesse episódio. Foram vaiados incessantemente pelos mexicanos e tiveram a perda de seu herói Banks nesse jogo da vingança que citei. Ele fora derrotado por uma intoxicação alimentar que o fez, digamos, ficar muito tempo na privada e seus companheiros foram derrotados pelos alemães, sedentos de vingança por aquele célebre "gol fantasma" da Copa anterior. E para desespero destes, não havia apito amigo, bandeirinha benevolente ou o Winston Churchill pra ajudar.

Mas Banks teve seu momento heróico com aquela defesa milagrosa no jogo contra o Brasil. Perguntem a qualquer goleiro do mundo qual defesa que eles mais sonhavam em fazer e com certeza responderão em uníssono: a defesa de Banks.

Houve também os italianos, com seus heróis Riva e Rivera que demoraram um pouco para pegarem no breu, mas quando isso aconteceu, os gols decisivos vieram e levaram a Itália para a final da Copa, os mexicanos que revelaram um bom time de heróis quase anônimos que levaram a seleção a ficar entre os oito primeiros, os peruanos liderados pelo seu herói Cubillas que fizeram um belo papel na Copa inclusive dando um susto no Brasil nas quartas-de-final e também - por que não? - israelenses e marroquinos que fizeram história com seus desconhecidos heróis. Os primeiros porque arrancaram dois empates valorosos contra os fortes suecos e italianos e os marroquinos porque marcaram o primeiro ponto africano em Copas do Mundo. Só uma curiosidade interessante sobre os israelenses: eram um verdadeiro time de heróis amadores, que havia um mecânico, um eletricista, um contador e um lapidador de diamantes que jogavam nessa seleção, entre outras profissões que os demais jogadores exerciam.

Talvez quem decepcionou um pouco foi a Tchecoslováquia, onde seus heróis não mostraram coragem pra vencer e a Bulgária, onde o técnico mostrou covardia no jogo contra o Marrocos, recuando o time pra segurar o resultado. Deu no que deu...

Sem mais delongas, vamos aos heróis goleadores que deixaram a sua marca na Copa dos Sonhos:

Com 10 Gols: Gerd Muller (Alemanha Ocidental)

Com 7 Gols: Jairzinho (Brasil)

Com 5 Gols: Cubillas (Peru)

Com 4 Gols: Pelé (Brasil); Byschovets (União Soviética)

Com 3 Gols: Seeler (Alemanha Ocidental); Rivelino (Brasil); Riva (Itália)

Com 2 Gols: Lambert e Van Moer (Bélgica); Tostão (Brasil); Boninsegna e Rivera (Itália); Valdívia (México); Gallardo (Peru); Dumitrache (Romênia); Petrás (Tchecoslováquia)

Com 1 Gol: Beckenbauer, Libuda, Overath e Schnellinger (Alemanha Ocidental); Carlos Alberto Torres, Clodoaldo e Gérson (Brasil); Bonev, Dermendjiev, Jetchev, Kolev e Nikodimov (Bulgária); Clarke, Hurst, Mullery e Peters (Inglaterra); Spiegler (Israel); Burgnich e Domenghini (Itália); Ghazuani e Houmane (Marrocos); Basaguren, Fragoso, Gonzalez e Peña (México); Challe e Chumpitaz (Peru); Dembrowski e Neagu (Romênia); Grahn e Turesson (Suécia); Asatiani e Hmelnitski (União Soviética); Luis Cubilla, Esparrago, Maneiro e Mujica (Uruguai)

Gol Contra: Peña (México) a favor da Itália.

Notas da Copa: Foram marcados nessa Copa do Mundo 95 gols em 24 jogos com média de
2,97 gols por jogo. Melhorou um pouquinho...
O gol de cabeça de Pelé contra a Itália valeu dois registros: foi o gol de número 100 do Brasil na História das Copas e ele tornou-se o segundo jogador a fazer gols em duas finais de Copa do Mundo.
E nessa Copa também foi estabelecido um feito que persiste até hoje, a de um jogador fazer gols em quatro Copas do Mundo. Aliás, foram dois, Pelé e Uwe Seeler. O interessante é que o Pelé foi o primeiro jogador a marcar gols em três Copas do Mundo em 1966 e o Seeler foi o primeiro jogador a marcar gols em quatro Copas do Mundo em 1970. E tudo por uma diferença de apenas quatro minutos entre os dois gols. Seeler fez seu gol aos 11 do segundo tempo contra o Marrocos e Pelé fez seu gol aos 15 do segundo tempo contra a Tchecoslováquia. Coisa de reis...
E Gerd Muller deixou três registros muito importantes: foi dele o gol número 800 da História das Copas marcado contra a Bulgária de cabeça aproveitando um cruzamento da direita, fez os dois únicos hat-tricks nessa Copa contra a Bulgária e o Peru, sendo que um deles foi o gol histórico citado acima e finalmente foi o terceiro jogador a chegar a marca dos 10 gols em uma só Copa do Mundo. O primeiro foi Sandor Kocsis em 1954 e o segundo foi Just Fontaine, em 1958 e até hoje somente esses três chegaram a essa marca.
Nessa Copa também, Jairzinho tornou-se o segundo jogador campeão do mundo a marcar gols em todos os jogos de sua seleção.
El Salvador não marcou gols nessa Copa. Mal sabiam eles que o pior ainda estava por vir...

Até a próxima, com a Copa de 1974, na Alemanha (então chamada de Alemanha Ocidental).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Clube Atlético Mineiro

Em pé: Humberto Monteiro, Mussula, Vânder, Vanderlei, Djalma Dias e Cincuneghi
Agachados: Vaguinho, Beto, Fioti, Amaury e Tião

Apelido: Atlético Mineiro
Nome Real: Clube Atlético Mineiro
Fundação: 25/3/1908
Endereço: Avenida Olegário Maciel, 1516 - Lourdes CEP:30180-111 - Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3291-6060 Estádio: Mineirão (90.464) Uniforme: Listras verticais em preto e branco, preto, brancas

Principais Títulos
Copa Conmebol: 1992, 1997
Brasileiro 1a. Divisão: 1971
Brasileiro 2a. Divisão: 2006
Copa dos Campeões Estaduais: 1937
Taça Brasil Central 1963, 1964, 1967 3
Taça Brasil Sudoeste: 1959
Taça Brasil Sudoeste/Central: 1964
Campeonato da Cidade de Belo Horizonte: 1915, 1926, 1927, 1931, 1932, 1936, 1938, 1939, 1941, 1942, 1946, 1947, 1949, 1950, 1952, 1953, 1954, 1955, 1956
Copa Belo Horizonte: 1959
Estadual Mineiro: 1958, 1962, 1963, 1970, 1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1985, 1986, 1988, 1989, 1991, 1995, 1999, 2000, 2007

ATLÉTICO MINEIRO (MG) 1 x 0 BAHIA (BA)
Data: 14/09/1968
Torneio Roberto Gomes Pedrosa
Local: Estádio do Mineirão / Belo Horizonte (MG)
Renda: NCr$ 58.154,00
Público: 20.597
Árbitro: Valter Gonçalves
Gol: Amauri
ATLÉTICO MINEIRO: Mussula; Humberto Monteiro, Djalma Dias, Vânder e Cincuneghi; Vanderlei Paiva e Oldair; Vaguinho, Dario (Hidalgo), Carlinhos (Amauri Horta) e Tião / Técnico: Fleitas Solich.
BAHIA: Jurandir; Zé Oto, Jaime, Itamar e Pão; Amorim e Brígido; Okada (Cipó), Gagé, China (Zé Eduardo) e Canhoteiro / Técnico: Paulo Amaral.

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 ATLÉTICO MINEIRO (MG)
Data: 30/01/1974
Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Maracanã / Rio de Janeiro
Árbitro: José Favile Neto (SP)
Público: 16.196 pagantes.
Gols: Roberto Dinamite 38 e Romeu 71
VASCO DA GAMA: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir e Zanata (Gaúcho); Luís Carlos, Buglê, Roberto Dinamite e Bill (Jorginho Carvoeiro) – Tec: Mário Travaglini.
ATLÉTICO MINEIRO: Mazurkiewicz; Getúlio, Grapete, Vantuir e Cláudio Mineiro; Vanderlei Paiva e Fausto; Paulinho (Arlém), Campos (Marcelo), Reinaldo e Romeu Técnico: Telê Santana.

UBERLÂNDIA (MG) 1 x 2 ATLÉTICO MINEIRO (MG)
Data: 26/02/1976
Amistoso Estadual
Local: Estádio Juca Ribeiro / Uberlândia
Árbitro: Joaquim Gonçalves da Silva
Gols: Danival 12, Marcelo 61 e Noé Almeida 71
UBERLÂNDIA: Hermes; Dick (Zezé), Euripedes, Lindomar e Tiago; Júlio César (Da Silva), Noé Almeida (Luisinho); Ziza, Rubens (Nunes) e Edmar.
ATLÉTICO MINEIRO: Ismael; Chiquito, Márcio, Vantuir e Flávio (Silvestre); Toninho Cerezo, Danival (João Alfredo) e Paulo Isidoro (Marcelo); Roberto, Reinaldo (Marcinho) e Paulinho / Técnico: Mussula

CRUZEIRO (MG) 3 x 3 ATLÉTICO MINEIRO (MG)
Data: 27/02/1954
Amistoso Estadual
Local: Estádio Barro Preto / Belo Horizonte
Renda: Cr$ 13.336,00.
Árbitro: Elmo Sanches (MG)
Gols: Gastão 18, Genuíno 19, Ipojucan 62, Osvaldo 65, Genuíno 67 e Amorim 87
CRUZEIRO: Bernard; Avelino e Louro; Adelino, Marambaia e Licinho (Pampolini); Lésio (Jarbas), Ipojucan, Genuíno, Torres (Guerino) e Carioca (Sabu) / Técnico: Niginho.
ATLÉTICO MINEIRO: Zeca; Garcia e Osvaldo; William, Bolero e Moreno; Arnaud, Antoninho (Amorim), Múcio (Ladinho), Gastão e Joãozinho / Técnico: Mário Gomes.
ATLÉTICO (MG) 2 x 0 IPATINGA (MG)
Data: 06/03/2003
Campeonato Mineiro
Local: Estádio Independência / Belo Horizonte
Árbitro: Carlos Henrique Tosta (MG)
Público: 3.984 pagantes.
Expulsões: Cleison, Paulinho e Cláudio Luis
Gols: Guilherme 25 e Lúcio Flávio 64
ATLÉTICO MINEIRO: Velloso; Cicinho, Negueti, Scheidt, André Luiz e Marquinhos; Genalvo, Cleison e Lúcio Flávio (Lenílson); Guilherme (Quirino) e Kim (Alessandro) / Técnico: Celso Roth.
IPATINGA: Rodrigo Posso; Fernandinho, Cláudio Luis, Léo Oliveira e Jorginho (Xandinho); Emerson, Marcelo Borges e Walter Minhoca; Paulinho, Wellington (Cristian) e Edmundo (Eddie) / Técnico: Flávio Lopes.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1966

Olá, pessoal!!!

Seguindo nossa série sobre a Copa do Mundo, chegamos agora a sua oitava edição que foi realizada na Inglaterra. Que Copa vergonhosa, meus amigos!!! A intitulada Copa da Pancadaria.

Uma das coisas que motiva um país a sediar a Copa do Mundo, além do dinheiro, é a possibilidade de ter uma ajudazinha dos arbitros. Mas a Inglaterra exagerou nisso e como!!

Teve um gol ilegal validado contra a França, os volantes ingleses bateram a vontade todo o tempo, (o francês Simon que o diga) e sem falar também do célebre "gol fantasma" na decisão contra a Alemanha Ocidental. Teve ainda um verdadeiro "assalto a mão apitada" sobre a Argentina onde o volante Rattín acabou sendo expulso por reclamar com razão das constantes entradas dos volantes ingleses nesse jogo, especialmente Norbert Stiles, que tinha quase quebrado Artime e Onega em um mesmo lance.
A Alemanha Ocidental também teve uma forcinha da árbitragem no jogo contra o Uruguai onde uma cabeçada do Pedro Rocha foi praticamente defendida pelo zagueiro Schnellinger da linha do gol. Pênalti claro nesse lance, sem dúvida, mas o juíz não marcou porque não quis. E o sarrafo comeu solto nessa partida por causa disso bem como o jogo contra a União Soviética onde os alemães bateram a vontade e só o atacante Chislenko foi expulso por revidar com um pontapé o seu marcador.

As duas seleções tinham jogadores muito bons como Bobby Charlton, Hunt, o bom Geoffrey Hurst e o eficiente Gordon Banks no gol da Inglaterra e pelo lado alemão, Uwe Seeler em grande fase, Haller e Held jogando bem, e dois novatos que sem dúvida serão bem falados nas próximas Copas, Overath e o Kaiser Franz Beckenbauer que com apenas 20 anos já fazia naquela época em que hoje a maioria dos volantes faz, que é desarmar mas acima de tudo armar e atacar com qualidade. Era um jogador a frente do seu tempo, sem dúvida.
Outras boas surpresas foram a União Soviética, que recuperou-se do desastre no Chile e terminou em um honroso quarto lugar, Portugal, que fez uma excelente Copa e terminou em terceiro lugar, revelando um bom time e um grande craque, o moçambicano Eusébio, e a surpresa das surpresas, a Coréia do Norte, que veio para ser o saco de pancadas e acabou sendo uma das equipes mais respeitadas nessa Copa. Botou a Itália na roda com a sua incrível velocidade tanto atacando como defendendo e deu um susto danado nos portugueses onde chegaram a meter 3 x 0 de saída e só não ganharam porque Eusébio estava em uma tarde irresistível. Sem falar no bom time húngaro, que reabilitou-se em definitivo naquela década fazendo outra boa participação e revelando outros bons jogadores como Bene e Meszoly.

Quanto as outras seleções, a maioria foi um fiasco, como a Espanha, a Itália e principalmente, o Brasil. E olha que fizeram cada trapalhada digna de Tabajara que vou te contar, hein!!! A Itália, por exemplo, contra a União Soviética praticamente jogou sem nenhum atacante. Tudo porque o "gênio" do técnico Edmundo Fabbri tirou os dois atacantes e colocou um volante e um lateral-esquerdo pra jogar porque o empate bastaria e assim venceria fácil os "fracos" coreanos, na opinião do "gênio" citado acima. Perdeu os dois jogos e voltou pra casa bombardeado junto com a equipe por uma chuva de tomates dos torcedores. Foi inventar e se deu mal.

Mas o Brasil foi o verdadeiro mestre em desorganização. Só pra ter uma idéia da bagunça, convocaram uma verdadeira tropa de jogadores só pra atender os estados onde estes jogavam, fizeram uma série de amistosos inúteis pela Europa e sairam cortando jogadores a torto e a direito. Muitos deles estavam em grande fase na época como Servilho, Amarildo e Carlos Alberto Torres que sem dúvida trariam mais qualidade técnica a equipe, mas foram preteridos por jogadores ou de qualidade duvidosa como Paraná, Silva e Denilson ou de idade muito avançada como Djalma Santos, Bellini e Garrincha, que estava muito longe daquele que encantou o mundo em 1962.
E pra piorar a situação, colocaram um certo Rudolf Hermanny como preparador físico, e o cara era um professor de... Judô e Caratê!!! Claro que não ía dar certo, mas mesmo assim os "gênios" acreditaram nisso, e deram com os burros n´agua.
E para piorar mais do que já estava, o Pelé se machucou de novo. Não por uma dorzinha muscular, mas por excesso de pontapés dos búlgaros e depois dos portugueses, que praticamente o tiraram do jogo e acabaram com as esperanças dos brasileiros naquela Copa. Essa foi a pior campanha brasileira da História das Copas e a pior de um time que defendia o título até então.

Não foi apenas a vitória inglesa que marcou essa Copa, mas também marcou para sempre o surgimento do futebol-força. Não aquela de dar porrada, mas o futebol de força física e de conjunto onde todos se ajudam na marcação e no ataque.

Vamos agora aos artilheiros da Copa sem mais demoras:

Com 9 Gols: Eusébio (Portugal)

Com 6 Gols: Haller (Alemanha Ocidental)

Com 4 Gols: Beckenbauer (Alemanha Ocidental); Bene (Hungria); Hurst (Inglaterra); Porkuyan (União Soviética)

Com 3 Gols: Artime (Argentina); Bobby Charlton e Hunt (Inglaterra); José Augusto e Torres (Portugal); Malofeev (União Soviética)

Com 2 Gols: Seeler (Alemanha Ocidental); Marcos (Chile); Pak Seung Zin (Coréia do Norte); Meszoly (Hungria); Chislenko (União Soviética)

Com 1 Gol: Emmerich, Held e Weber (Alemanha Ocidental); Onega (Argentina); Garrincha, Pelé, Rildo e Tostão (Brasil); Asparukhov (Bulgária); Li Dong Won, Pak Doo Ik e Yang Sung Kook (Coréia do Norte); Amancio, Fusté, Pirri e Sanchis (Espanha); De Bourgoing e Hausser (França); Farkas (Hungria); Peters (Inglaterra); Barison e Sandro Mazzola (Itália); Borja (México); Simões (Portugal); Quentin (Suíça); Banichevski (União Soviética); Cortês e Pedro Rocha (Uruguai)

Gols Contra: Davidov e Vutzov (Bulgária) a favor de Hungria e de Portugal respectivamente.

Notas da Copa: Foram marcados novamente 89 gols em 24 jogos, repetindo a mesma média da Copa anterior, bem como a mesma preocupação em bater do que em fazer gols...
A Coréia do Norte não só fez uma ótima campanha naquela Copa como também deixou duas marcas muito interessantes: foi a primeira seleção asiática a marcar gols na História das Copas e o seu jogador Pak Seung Zin foi o autor do gol número 700 da história das Copas do Mundo no jogo contra o Chile aproveitando um contra-ataque em alta velocidade.
E nessa Copa também ocorreu um feito que persiste até hoje. O de dois jogadores do mesmo time marcarem gols contra numa mesma Copa do Mundo, que foram os búlgaros Davidov e Vutzov. Um feito não muito de se orgulhar...
E em relação aos hat-tricks, dois jogadores atingiram o feito: Eusébio, de Portugal (quatro gols contra a Coréia do Norte) e Hurst, da Inglaterra (três gols contra os alemães na final sendo que até hoje este é o unico hat-trick em Final de Copa do Mundo). Se bem, que em um deles, a bola não entrou...
E em relação aos goleiros, Gordon Banks foi o primeiro goleiro a ultrapassar a barreira dos 400 minutos sem tomar gols e somente sofreu o primeiro gol nas semifinais contra Portugal marcado por Eusébio cobrando pênalti.

Bem, até a próxima, com a Copa de 1970, no México. Adiós!!!!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1962

Olá, Pessoal!!!

Seguindo a nossa série sobre a Copa do Mundo, chegamos a sua sétima edição em 1962 ocorrida no Chile. E essa copa por pouco não acontece devido a um forte terremoto que ocorreu dois anos antes pelas mesmas condições do de fevereiro passado que abalou o país. Matou 5000 pessoas e provocou fortes tsunamis que atingiram até mesmo o Japão. Uma catástrofe dessas seria o fim do sonho da Copa do Mundo para os chilenos se não fosse a obstinação e a coragem de um homem que comoveu a FIFA. Carlos Dittborn.

Toda essa coragem e essa incrível persistência deste homem salvou a Copa do Mundo, porém pagou um preço alto por isso que foi a sua própria vida.

E que todas as Seleções o homenagearam com uma Copa do Mundo de bons jogos e de grandes emoções. Mas marcado também pelo recrudescimento do futebol violento e de muita pancadaria. Que o digam italianos e chilenos na célebre "Batalha de Santiago" que foi provocada por um infeliz artigo do jornalista Corrado Pizzinelli que criticou asperamente o Chile como país e violentamente os organizadores do Mundial. Lógico que o estrago já estava feito e os chilenos ficaram furiosos. E teve de tudo nessa partida: voadora no peito e no pescoço (David em Leonel Sanchez e o italiano foi expulso), pontapé bem dado na perna (o chileno Landa no italiano Mora), soco no nariz de um jogador (Leonel Sanchez em Maschio), pontapé com bola e tudo no adversário (os mesmos do lance anterior só que ao contrário) e uma patada forte no joelho (Ferrini em Landa, sendo que o italiano foi expulso). E é claro, entre um golpe e outro, o Chile fez dois gols.

E muitas vítimas foram feitas desse verdadeiro "torneio de gladiadores". O caso mais grave foi o do russo Dubinski que quebrou a tíbia e o perônio da perna direita em uma entrada assassina do ponteiro iugoslavo Mujic. A entrada foi tão violenta que o russo nunca mais pôde jogar futebol e indignado com tudo isso, o técnico iugoslavo simplesmente cortou o jogador do time e do plantel, mandando-o de volta para Belgrado. Uma entrada digna de um marginal, sem dúvida.

Mas, felizmente, nem todo mundo foi inscrito pra esse "novo Ultimate Fighting". Muitas seleções somente se preocuparam em jogar bola e mostraram boas credenciais. Uns recuperaram a sua dignidade como a Hungria e a Inglaterra, que chegaram entre os oito primeiros, a Tchecoslováquia, que conseguiu um ótimo vice-campeonato com uma boa equipe comandada por Masopust em campo e até mesmo o México entrou nessa lista pelo fato de ter conseguido sua primeira vitória. Já outros foram uma decepção só como no caso da Espanha, que veio cheia de astros mas sem a coletividade e a atitude de jogar uma Copa. Parece uma certa seleção que só brincou em uma Copa dessas e não mostrou nem raça...
O Uruguai e a Argentina foram um fiasco também. Em especial os hermanos de Buenos Aires. Que foram eliminados de novo vergonhosamente. Não levaram goleada, mas não fizeram um mísero gol em uma Hungria com 10 em campo. (Gorocs sofreu distensão muscular).
E de certa forma, a União Soviética. Avançou no sufoco e acabou eliminado pelo Chile em uma tarde trágica para Yashin, que falhou feio nos dois gols. Isso sem falar no célebre gol olímpico que tomou do colombiano Marcos Coll, o único dessa forma até hoje. Uma Copa para se esquecer, sem dúvida.

E o Brasil? Esse mereceu o título com justiça. Veio ao Chile com a desconfiança de todo mundo pelo fato de manterem o mesmo time agora 4 anos mais velho e para piorar as coisas, o Pelé se machucara gravemente contra a Tchecoslováquia. Como no seriado Chapolin, a torcida brasileira estava tão desesperada como a mocinha da série. "Oh!! E agora, quem poderá levar o Brasil ao bi-campeonato?" Felizmente, alguem gritou: Eu!! E a torcida brasileira gritou: É o Garrincha!!!

Realmente, os adversários não contavam com a astúcia do Garrincha. E fizeram de tudo para marcá-lo em sua jogada característica de driblar na ponta e cruzar pra área. Mas Garrincha tinha truques novos na manga como por exemplo bater faltas, chutar forte de fora da área, cabecear e marcar gols com o pé ruim. Fez tudo isso em dois jogos e praticamente deu o título ao Brasil pela segunda vez na História das Copas do Mundo. Não sem antes levar um drible de um cachorrinho no jogo contra a Inglaterra, claro.

E foi a Iugoslávia quem fez o artilheiro, embora sendo reconhecido somente em 1990 graças a uma correção da súmula do jogo contra a Colômbia que será mostrado sem mais delongas com os outros:

Com 5 Gols: Jerkovic (Iugoslávia)

Com 4 Gols: Garrincha e Vavá (Brasil); Leonel Sanchez (Chile); Florian Albert (Hungria); Valentin Ivanov (União Soviética)

Com 3 Gols: Amarildo (Brasil); Tichy (Hungria); Scherer (Tchecoslováquia)

Com 2 Gols: Seeler (Alemanha Ocidental); Ramirez, Rojas e Toro (Chile); Flowers (Inglaterra); Bulgarelli (Itália); Galic (Iugoslávia); Chislenko e Ponedelnik (União Soviética); Sasia (Uruguai)

Com 1 Gol: Brulls e Szymaniak (Alemanha Ocidental); Facundo e Sanfilippo (Argentina); Pelé, Zagalo e Zito (Brasil); Asparukhov (Bulgária); Aceros, Coll, Klinger, Rada e Zuluaga (Colômbia); Adelardo e Peiró (Espanha); Solymosi (Hungria); Bobby Charlton, Greaves e Hitchens (Inglaterra); Mora (Itália); Melic, Radakovic e Skoblar (Iugoslávia); Del Aguilla, Díaz e Héctor Hernandez (México); Wuhtrich (Suíça); Kadraba, Masek, Masopust e Stibranyi (Tchecoslováquia); Mamykin (União Soviética); Cabrera e Luís Cubilla (Uruguai)

Notas da Copa: Nesta Copa foram marcados 89 gols em 24 jogos com média de 2,78 por partida, muito inferior a de 1958, se preocuparam mais em bater do que fazer gols....
O Uruguai foi a quarta seleção a atingir o gol de número 50 em Copas do Mundo. O gol foi marcado por Sasia contra a União Soviética em um chute da entrada da área após rebatida em uma cobrança de falta.
Nessa copa, aconteceu o único gol olímpico marcado até hoje (para maiores detalhes sobre esse feito, ver o texto acima).
E nessa Copa, ocorreu o segundo gol mais rápido da história das Copas marcado pelo tcheco Masek, aos 20 segundos de jogo contra o México.
Somente dois jogadores nessa Copa do Mundo atingiram o hat-trick, ambos do Leste Europeu. Albert, da Hungria (três gols contra a Bulgária) e o próprio Jerkovic (três gols contra a Colômbia). O interessante é que o feito do iugoslavo só foi reconhecido em 1990, junto com a artilharia.
Falando ainda em Jerkovic, ele também foi o autor do gol número 600 da História das Copas contra o Uruguai aproveitando um lançamento de Sekularac e chutando no canto. Pena que depois desse gol histórico, o jogo terminou também em pancadaria.
E nessa Copa o brasileiro Vavá tornou-se o primeiro jogador a marcar gols em duas finais de Copa do Mundo.

Até a próxima, com a Copa de 1966, na Inglaterra. See yours later!!!

BOTAFOGO F.R. FINAIS DA TAÇA BRASIL DE 1968


Apelido: Botafogo
Nome Real: Botafogo de Futebol e Regatas
Fundação: 12/08/1904
Endereço: Avenida Wenceslau Brás 72 / Botafogo
CEP:22290-140 - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 295-3297
Estádio: Engenhão
Uniforme: Listras verticais pretas e brancas, preto, cinzas

Principais Títulos
Copa Conmebol: 1993
Campeonato Brasileiro: 1995
Taça Brasil: 1968
Torneio Rio-São Paulo: 1962, 1964, 1966, 1998
Campeonato Estadual :1907, 1910, 1912, 1930, 1932, 1933, 1934, 1935, 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968, 1989, 1990, 1997, 2006
Taça Guanabara: 1967, 1968 (Bi), 1997, 2006, 2009 e 2010
Torneio Municipal: 1951
Torneio Tereza Herrera: 1996
Taça Cidade Maravilhosa: 1996


FORTALEZA EC 2x2 BOTAFOGO FR

Data: 03/09/1969
Competição: Taça Brasil 1968 (1º jogo da decisão)
Local: Presidente Vargas - Fortaleza (CE)
Renda: Cr$ 46.810,00
Público: 15.375
Arbitro: José Mário Vinhas
Gols: Erandir e Joãozinho (FEC) – Ferretti (2) (BFR)

Fortaleza: Gilberto, William, Zé Paulo, Renato, Luciano Abreu; Joãozinho e Luciano Frota; Lucinho (Mimi), Mozart, Erandir e Aloísio (Amorim).Técnico: Caiçara

Botafogo: Ubirajara Mota; Moreira, Zé Carlos (Moisés), Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Afonsinho; Zequinha (Rogério), Humberto, Ferretti e Torino.Técnico: Zagalo


BOTAFOGO FR 4x0 FORTALEZA EC

Data: 04/10/1969
Competição: Taça Brasil 1968 (2º jogo da decisão)
Local: Maracanã - Rio de Janeiro (GB)
Renda: Cr$ 34.006,75
Público: 13.588
Arbitro: Gualter Portela Filho
Gols: Roberto 10', Ferretti 53' e 83' e Afonsinho 65'


Fortaleza: Mundinho, William, Zé Paulo, Renato, Luciano Abreu; Joãozinho e Luciano Frota; Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi.Técnico: Gilvan Dias

OBS: A Taça Brasil de 1968 teve suas finais apenas na temporada seguinte.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vasco da Gama x América


AMÉRICA (RJ) 0 X 1 VASCO DA GAMA (RJ)
Data: 13/05/1923
Campeonato Carioca
Local: Campo da Rua Campos Sales / Tijuca / Rio de Janeiro
Árbitro: Mário Araújo
Gol: Arlindo
AMÉRICA: Mirim; Álvaro Martins e João Martins; Gonçalo, Oswaldinho e Matoso; João, Gilberto, Chico, Simas e Agnaldo
VASCO DA GAMA: Nélson, Leitão e Cláudio; Nicolino, Claudionor e Artur; Pascoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito / Técnico: Ramón Platero

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 AMÉRICA (RJ)
Data: 12/08/1928
Campeonato Carioca
Local: Estádio de São Januário / Rio de Janeiro
Gols: Gilberto, Russo
Árbitro: Gilberto de Almeida Rego
AMÉRICA: Joel; Pennaforte e Hildegardo; Hermógenes, Floriano e Walter; Gilberto, Oswaldinho, Sobral(Mario Pinto), Mineiro e Celso
VASCO DA GAMA: Jaguaré, Hespanhol, Itália, Rainha, Nesi, Mola, Pascoal,Pepico, Russo, Américo, Patrício / Técnico: Harry Welfare

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X AMÉRICA (RJ)
Data: 31/05/1931
Campeonato Carioca
Local: Estádio São Januário / Rio de Janeiro
Árbitro: Luiz Neves
Gol: Moacir
AMÉRICA: Sílvio, Lázaro e Hildegardo; Hermógenes, Nevecínio e Mario Pinto; Alô, Almeida, Carola, Telê e Miro.
VASCO DA GAMA: Jaguaré, Brilhante, Itália, Tinoco, Fausto, Mola, Baiano, Paes, Moacir, Ghisone, Santana

AMERICA (RJ) 2 X 1 VASCO DA GAMA (RJ)
Data: 18/04/1945
Torneio Relâmpago
Local: Estádio de Laranjeiras / Rio de Janeiro
Árbitro: Necyr de Souza
Renda: Cr$ 97.687,00.
Público: 16.000
Gols: Lelé 10, Maneco 35 e 63
AMÉRICA: Osny; Osni II, Gritta; Oscar, Álvaro (Danilo), Amaro;
China, Maneco, Maxwell (Otacílio), Lima e Jorginho / Técnico: Gentil Cardoso
VASCO DA GAMA: Barbosa; Augusto, Sampaio; Berascochea, Dino, Argemiro;
Santo Cristo, Lelé, Isaias (João Pinto), Elgen e Chico (Friaça) / Técnico: Ondino Vieira

AMÉRICA (RJ) 1 X 1 VASCO DA GAMA (RJ)
Data: 27/04/1955
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro (DF)
Renda: Cr$ 255.947,90
Árbitro: Mario Vianna
Gols: Washington; Ademir Menezes
VASCO DA GAMA: Vitor Gonzales; Paulinho e Belini (Fantoni); Amauri, Adésio (Laerte) e Dario; Sabará, Maneca, Vavá (Iêdo), Ademir e Parodi / Técnico: Flávio Costa
AMÉRICA: Osni; Cacá e Osmar; Ivan, Agnello e Hélio; Canário, Washington (Romeiro), Leônidas, J. Alves (Vassil) e Ferreira / Técnico: Martim Francisco

VASCO DA GAMA(RJ) 3 X 1 AMÉRICA(RJ)
Data: 02/09/1956
Campeonato Carioca
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Gols: Sabará, Valter Marciano, Vavá, Leônidas
VASCO DA GAMA: Carlos Alberto, Paulinho, Bellini, Orlando , Coronel, Laerte, Sabará, Livinho, Vavá, Valter Marciano, Pinga / Treinador: Gradim
AMÉRICA: Pompéia, Rubens, Édson, Helio, Ivan, Agnelo, Canário, Romeiro, Leônidas, Alarcon, Alvinho

VASCO DA GAMA (RJ) 0 x 3 AMÉRICA (RJ)
Data : 10/11/1966
Campeonato Carioca
Local : Estádio São Januário / Rio De Janeiro
Árbitro: Carlos Floriano Vidal de Andrade
Renda: Cr$ 3.048.000
Gols: Edu, Zezinho e Eduardo
AMERICA: Ari (Ita), Luciano, Serjão, Aldeci e Eraldo; Farah e Ica; Zezinho, Antunes, Edu e Eduardo.
VASCO DA GAMA: Valdir (Amauri), Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1958

Olá, pessoal!!!

Seguindo em nossa série sobre a Copa do Mundo, chegaremos agora na sua sexta edição que se realizou na Suécia em 1958. Se tivéssemos que contar a história dessa Copa, poderíamos dividí-la em quatro blocos: americano, britânico, socialista e o democrático europeu.

Primeiro, o bloco americano. Nesse bloco, somente o Brasil honrou as cores como deveria, conquistando o título e se impondo definitivamente como o "cachorro grande" no futebol. Mas não sem sofrimento e sem desconfianças, claro. Se pudessemos ter um "marco zero" para o nascimento do Brasil como nação futebolística, esse marco seria os três minutos mais belos da história do futebol segundo o jornalista francês Gabriel Hannot. Os primeiros de muitos minutos alegres ao longo dos anos, sem dúvida. Duas bolas na trave e um gol contra a União Soviética, cada lance em 60 segundos!!! Nem o Nicolas Cage faria melhor que isso!!!
Quanto aos outros membros desse bloco, foram um fracasso total. Nenhum deles passou na primeira fase e a Argentina ainda levou uma sacolada humilhante da Tchecoslováquia por 6 x 1. E ao chegar a Buenos Aires, os jogadores foram recebidos a pedradas e a moedas de um peso pelos seus torcedores. Coitado do Angel Labruna, que teve um fim patético em sua brilhante carreira.

Segundo, o bloco britânico. Esse foi o mais surpreendente de todos pelo fato dos franco-favoritos ingleses e escoceses ficarem de fora das oitavas e os "patinhos feios" galeses e norte-irlandeses ficarem entre os oito primeiros em 1958. E pensar que por muito pouco o País de Gales e a Irlanda do Norte não foram a essa Copa. A Irlanda do Norte por motivos religiosos pelo fato dos anglicanos não praticarem esportes aos domingos mas o clero local deu uma força pros jogadores abençoando-os para um bom desempenho na Copa que deu certo, aliás. Já País de Gales foi abençoado também. Não pelos padres, mas pela sorte. Tudo porque na Asia, ocorria um baita problemão. Ninguém queria enfrentar Israel por uma vaga na Copa, então para evitar o que ocorreu em copas anteriores onde a política respingava no futebol, a FIFA resolveu então virar a mesa e fazer um novo sorteio com todas as seleções que não se classificaram nas eliminatórias e o escolhido enfrentaria Israel. E a sorte sorriu para os galeses. E eles não decepcionaram na sua segunda chance. Derrotaram Israel e fizeram bonito na Copa, inclusive dando um trabalhão danado pro Brasil que só os derrotou graças ao primeiro gol de Pelé em Copas do Mundo.

Agora, o bloco socialista. Surpreenderam mais pelo mistério do que pelo futebol jogado, embora russos e iugoslávos tenham chegado entre os oito primeiros. Os russos (soviéticos na época) diziam deles que eram programados por computador, que tinham fôlego de robô e "Pilhas Duracell" pra correr por várias horas sem sentir cansaço, enfim que tinham um futebol considerado o mais avançado "cientificamente" do mundo. Só que se esqueceram de avisar pro Brasil sobre essa "tecnologia" toda e seus CCCP nas suas camisas que mais pareciam aqueles antigos números de presidiarios que davam medo na gente!!! Mas o máximo que fizeram foi revelar boas táticas e um espetacular goleiro, Lev Yashin, o "Aranha Negra".
Quanto a Hungria, a fantasia infelizmente acabou em 1956 quando os mesmos russos esmagaram uma tentativa de revolução naquele país. Muitos morreram e os grandes jogadores como Puskás e Kocsis se exilaram em vários países europeus em protesto contra toda essa repressão. Resultado disso: Uma Hungria enfraquecida e um pouco covarde na Suécia.

E por fim, o bloco democrático europeu. Esse bloco deu show nessa Copa. Tanto que três destas seleções foram pras finais mostrando talento, categoria e raça. A Suécia fez bonito com um time de veteranos como Skoglund e Simonsson e só não foi campeã porque encontrou um Brasil em tarde irresistível. A Alemanha Ocidental a mesma coisa com Rahn, Schafer e um centroavante baixinho e parrudinho que causou ótima impressão em sua estréia, Uwe Seeler. Guardem esse nome, meus amigos!! Nós vamos ainda falar muito dele nas próximas postagens dessa série.
E por fim, a França. Uma seleção que nessa Copa foi o verdadeiro time do "vai ou racha". Uma defesa horrorosa que vazava todas mas em compensação tinha um ataque insinuante liderado por um belo goleador que mostraremos sem mais delongas com todos os outros:

Com 13 Gols: Just Fontaine (França)

Com 6 Gols: Rahn (Alemanha Ocidental); Pelé (Brasil)

Com 5 Gols: Vavá (Brasil); McParland (Irlanda do Norte)

Com 4 Gols: Tichy (Hungria); Hamrin e Simonsson (Suécia); Zikan (Tchecoslováquia)

Com 3 Gols: Schafer e Seeler (Alemanha Ocidental); Corbatta (Argentina); Kopa e Piantoni (França); Veselinovic (Iugoslávia)

Com 2 Gols: Mazzola (Brasil); Wisnieski (França); Kevan (Inglaterra); Petakovic (Iugoslávia); Allchurch (País de Gales); Aguero, Amarilla, Parodi e Romero (Paraguai); Liedholm (Suécia); Dvorak e Hovorka (Tchecoslováquia); Alexander Ivanov e Iylin (União Soviética)

Com 1 Gol: Cieslarczyk (Alemanha Ocidental); Ávio e Menendez (Argentina); Alfred Korner e Koller (Áustria); Didi, Nilton Santos e Zagalo (Brasil); Baird, Collins, Mudie e Murray (Escócia); Douis e Vincent (França); Bencsics, Bozsik e Sandor (Hungria); Finney e Haynes (Inglaterra); Cush (Irlanda do Norte); Ognjanovic e Rajkov (Iugoslávia); Belmonte (México); John Charles e Medwin (País de Gales); Cayetano Re (Paraguai); Gunnar Gren e Skoglund (Suécia); Fureisl (Tchecoslováquia); Simonian (União Soviética)

Notas da Copa: Foram marcados nesta Copa do Mundo 126 gols em 35 jogos, com média de 3,6 gols por jogo, boa para os padrões normais mas baixa em relação a 1954, que foi um absurdo realmente...
Just Fontaine é até hoje o maior goleador da História das Copas em um só torneio com seus 13 gols. Ele ainda fez dois hat-tricks (um contra o Paraguai e outro contra a Alemanha Ocidental chegando a quatro nesta partida) e igualou a marca de Kocsis obtida na Copa anterior. E pensar que o cara ganhou um fuzil de caça moderno como prêmio pela artilharia. E precisava mesmo sabendo que tinha um "fuzil mortal" em seus pés?
Pelé foi outro que também brilhou nessa Copa. Não somente foi o jogador mais jovem a marcar um gol como também o mais jovem a anotar um hat-trick (três gols contra a França). Belas credenciais para um reizinho...
A Alemanha (então Alemanha Ocidental) e a Hungria atingiram o gol de número 50 nessa copa marcados respectivamente por Rahn contra a França e por Tichy contra o México. O legal desses gols é que foram marcados através de belos chutes de fora da área para Tichy e de quase sem ângulo na risca da linha de fundo no caso de Rahn e o gol de número 500 na História das Copas do Mundo marcado por John Collins, da Escócia, foi marcado também por um chutaço de fora da área. Gol histórico tem que caprichar mesmo...
E quem disse que os goleiros iriam ficar de fora dessas notas? Porque foi nessa Copa que houve o primeiro goleiro a quebrar a marca dos 300 minutos sem tomar gols e foi o brasileiro Gilmar. Na verdade foi 369 minutos sem ser vazado e adivinha quem foi o primeiro? Justamente o Fontaine.
E para tristeza dos amantes do gol, o primeiro 0 x 0 apareceu na Copa do Mundo. E foi com o Brasil em campo enfrentando a Inglaterra. Nesse caso, os goleiros brilharam muito.

Até a próxima com a Copa de 1962, no Chile. Muchas Gracias!!!!

domingo, 4 de abril de 2010

COPA DO MUNDO DE 1950 - INGLATERRA

Olá amigos!

A Copa do Mundo de 1950 nunca saíra da memória do povo brasileiro. Sediando a competição e com um esquadrão sensacional que contava com Zizinho, Ademir Menezes e Jair Rosa Pinto, a Seleção Brasileira chegou ao último jogo precisando apenas empatar com o Uruguai para receber o caneco. Porém, como todos já sabem, o Brasil perdeu por 2 x 1 no histórico “Maracanazzo”. Esta Copa do Mundo também não é de boas lembranças para a Inglaterra. Os “Pais do Futebol” disputavam seu primeiro Mundial e eram favoritos para conquistar o título. Um campanha muito ruim, com derrotas para os Estados Unidos, uma das maiores zebras da história do futebol, e para a Espanha, eliminou a Inglaterra ainda na 1ª fase. Vamos às súmulas dos jogos da Inglaterra na Copa do Mundo de 1950.

Inglaterra 2 x 0 Chile
Fase de Grupos – Grupo B
Data: 25/06/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Juiz: Karel Van der Meer (HOL)
Gols: Mortensen 27’ e Mannion 51’
Inglaterra: Williams, Ramsey, Aston, Wright, Hughes, Dickinson, Finney, Mortensen, Bentley, Mannion, Mullen. Técnico: Winterbottom
Chile: Livingstone, Farías, Mañanes, Alvarez, Busquet, Carvallo, Prieto, Cremaschi, Robledo, Roldan, Diaz. Técnico: Bucciardi

Inglaterra 0 x 1 Estados Unidos
Fase de Grupos – Grupo B
Data: 29/06/1950
Local: Independência (Belo Horizonte)
Juiz: Generoso Dattilo (ITA)
Gols: Gaetjens 38’
Inglaterra: Williams, Ramsey, Aston, Wright, Hughes, Dickinson, Finney, Mortensen, Bentley, Mannion, Mullen. Técnico: Winterbottom
Estados Unidos: Borghi, Keough, Maca, McIlvenny, Colombo, Bahr, Wallace, J.Souza, Gaetjens, Pariani, E.Souza. Técnico: Jeffrey

Inglaterra 0 x 1 Espanha
Fase de Grupos – Grupo B
Data: 02/07/1950
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Juiz: Giovanni Galeati (ITA)
Gols: Zarra 48’
Inglaterra: Williams, Ramsey, Eckersley, Wright, Hughes, Dickinson, Finney, Mortensen, Matthews, Baily, Milburn. Técnico: Winterbottom
Espanha: Ramallets, Alonzo, Parra, J.Gonzalvo, M.Gonzalvo, Puchades, Basora, Panizo, Zarra, Igoa, Gainza. Técnico: Eizaguirre

Súmulas 2010

Vasco da Gama no coração supera Duque de Caxias e avança à semifinal do Carioca

DUQUE DE CAXIAS (RJ) 3 x 4 VASCO DA GAMA (RJ)
Data: 04/04/2010
Campeonato Carioca
Local: Estádio Raulino de Oliveira / Volta Redonda
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Jackson Lourenço Massarra dos Santos (RJ)
Cartões amarelos: Faioli, Tinoco, Fábio, Mayaro, Júnior, Maurinho (Duque de Caxias); Gian, Fagner (Vasco)
Cartões vermelhos: Tinoco (Duque de Caxias) e Nilton (Vasco)
Gols: Maurinho 15, Fágner 16 e Elton 21/1º; Dodô 05, Júnior 11, Marcelo 18 e Dodô 32/2º
DUQUE DE CAXIAS: Getúlio Vargas, Dudu, Marlon, Tinoco e Fábio; Mayaro (Abel), Leandro Teixeira (Juninho), Júnior e Maurinho; Faioli (Alê) e Marcelo / Técnico: Álvaro Miranda
VASCO DA GAMA: Fernando Prass, Fagner, Thiago Martinelli, Gian e Márcio Careca; Nilton, Léo Gago (Jumar), Souza e Philippe Coutinho (Magno); Dodô e Elton (Dedé) / Técnico: Gaúcho.

BOTAFOGO (RJ) 2 x 2 BANGU (RJ)
Data: 04/04/2010
Campeonato Carioca
Árbitro: Marcelo Venito Pacheco (RJ)
Auxiliares: Michael Correia (RJ) e Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ)
Público: 816 pagantes (1.368 presentes)
Renda: R$ 14.750,00
Cartões amarelos: Renato Cajá, Edno, Alessandro (BOT); Marcão (BAC). Cartão vermelho: Renato Cajá
Gols: Diguinho 02, Somáia 32 e Alessandro 38/1º; Gustavo Corrêa 36/2º
BOTAFOGO: Renan; Alessandro, Fábio Ferreira, Edson e Gabriel (Rodrigo Dantas); Felipe Lima, Túlio Souza, Renato Cajá e Diguinho; Caio (Júnior) e Edno (Alex) / Técnico: Joel Santana
BANGU: Douglas; Uillian Souza, Leandro Souza, Carlos Renan, Raphael e Fabiano; Marcão, Thiago Galhardo (Pipico) e Tiano (Gustavo Corrêa); Sassá (Leandro Carrijo) e Somália / Técnico: Mazolinha.

FRIBURGUENSE (RJ) 0 x 3 FLAMENGO (RJ)
Data: 04/04/2010
Campeonato Carioca
Local: Estádio Moça Bonita
Árbitro: Agnaldo Xavier Farias (RJ)
Auxiliares: Vinicius da Vitória Nascimento (RJ) e Wendel de Paiva Gouvêa.
Gols: Ronaldo Angelim 18, Denis Marques 33/1º; Wallace contra 32/2º
FRIBURGUENSE: Marcos, Flávio Santos (Léo Andrade), Roberto Júnior, Wallace e Flavinho; Bidu, Cassiano (Marcelo), Lucas e Cássio; Gleisson (Gilson) e Hércules / Técnico: Cleimar Rocha
FLAMENGO: Marcelo Lomba, Fierro, Wellinton, Ronaldo Angelim e Everton Silva; Maldonado (Camacho), Lenon, Michael e Ramon (Rômulo); Gil (Rafael Galhardo) e Denis Marques / Técnico: Andrade.

FLUMINENSE (RJ) 3 x 1 MACAÉ (RJ)
Data: 04/04/2010
Campeonato Carioca
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Simone Xavier de Paula e Silva
Auxiliares: Lílian da Silva Fernandes Bruno e Andréa Maffra de Sá.
Cartões amarelos: Dalton e Digão (Fluminense) André Gomes (Macaé)
Gols: Alan 30, Everton 40/1º, Alan 31 e André Gomes 40/2º
FLUMINENSE: Rafael, Gum (Digão), Dalton e Cássio; Mariano (Thiaguinho), Diogo, Conca, Everton (Dieguinho) e Julio Cesar; Alan e Wellington Silva / Técnico: Cuca
MACAÉ: Jefferson, Da Silva, Otávio (Anderson), André e Bill; Ricardo, Gedeil, Marciel e André Gomes; Norton e Fernandão / Técnico: Dário Lourenço

SÃO PAULO (SP) 5 x 0 BOTAFOGO (SP)
Data: 04/04/2010
Campeonato Paulista
Local: Estádio do Morumbi
Árbitro: Paulo César de Oliveira
Auxiliares: Ednilson Corona e Alberto Poleto Masseira.
Público: 8.774 pagantes
Renda: R$ 211.359,75
Cartões amarelos: Junior Cesar, Alex Silva (São Paulo); Jonas, Augusto Recife (Botafogo)
Gols: Marlos 45/1º; Hernanes 14, Rodrigo Souto 22, Junior Cesar 24 e Hernanes 36/2º
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Jean, Alex Silva (Renato Silva), Miranda e Junior Cesar; Hernanes, Rodrigo Souto, Marlos e Jorge Wagner (Carlinhos Paraíba); Dagoberto (Marcelinho) e Fernandinho / Técnico: Ricardo Gomes
BOTAFOGO: Weverton; Jonas, Leandro Amaro, Walter e Andrezinho; Rodrigo Pontes, Augusto Recife, Vinícius (Xuxa) e João Henrique (Washington); André Neles (Bruno) e Adriano / Técnico: José Gali Neto

ITUANO (SP) 0 x 2 CORINTHIANS (SP)
Data: 04/04/2010
Campeonato Paulista
Local: Estádio Benedito Teixeira / São José do Rio Preto (SP).
Árbitro: Claudinei Forati Silva
Auxiliares: Marco Antonio Gonzaga da Silva e Rafael Luiz da Silva.
Cartões amarelos: Alessandro, Cássio (I); Jorge Henrique, Chicão (C)
Gols: Jucilei 35 e Ronaldo 40/2º
ITUANO: Éder; Jean Pablo, João Leonardo (Cássio) e Rodrigão; Rissutt (Marcel), Alemão, Sandro (Daniel), Juninho Paulista e Alessandro, Simão e Welton / Técnico: Doriva
CORINTHIANS: Rafael Santos; Moacir (Tcheco), Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias (Defederico) e Danilo (Iarley); Jorge Henrique e Ronaldo / Técnico: Mano Menezes.

INTERNACIONAL (RS) 4 x 0 UNIVERSIDADE (RS)
Data: 04/04/2010
Campeonato Gaucho
Local: Estádio Beira-Rio / Porto Alegre
Árbitro: Leonardo Gaciba
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison e Cristiano Arlei Hennig.
Cartões amarelos: Índio, Walter (Inter); Rodolfo, Tatá (Universidade)
Cartão vermelho: Rodolfo (Universidade).
Gols: Alecsandro 21 e 35/1º e Taison 42 e 46/2º
INTERNACIONAL: Abbondanzieri, Nei (Glaydson), Índio, Bolívar e Juan; Sandro, Wilson Mathias, Giuliano (Andrezinho) e D'Alessandro; Walter (Taison) e Alecsandro / Técnico: Jorge Fossati
UNIVERSIDADE: Carlão, Rondinelli, Thiago, Rodolfo e André; Anderson, Marcos Tora (Coelho), Doriva e Jean (Preto); Tatá (Rodrigo Galvão) e Leandro Rodrigues / Técnico: Círio Quadros

JUVENTUDE (RS) 1 x 2 GRÊMIO (RS)
Data: 04/04/2010
Campeonato Gaucho
Local: Estádio Alfredo Jaconi
Árbitro: Vinícius Costa da Costa
Auxiliares: Paulo Ricardo Conceição e Renata Schaefer
Cartões amarelos: Bressan, Gustavo, Umberto, Thiago Renz e Ferreira (Juventude); Mário Fernandes e Maylson (Grêmio)
Gols: Jonas 10/1º; Gustavo 01, Jonas 16/2º
JUVENTUDE: Carlão; Bressan (Thiago Renz), Ferreira e Jorge Fellipe; Bruno, Fred, Umberto, Gustavo (Júlio Paulista), Calisto; Hiago (Maycon) e Marcos Denner / Técnico: Osmar Loss.
GRÊMIO: Victor, Edílson (Joilson), Mário Fernandes, Rodrigo e Fábio Santos; Adílson (Fábio Rochemback), Willian Magrão, Maylson e Douglas; Jonas (Hugo) e Bergson / Técnico: Silas

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1954

Olá, amigos!!

Seguindo a nossa série sobre a Copa do Mundo falaremos agora da Copa de 1954, na Suíça. Que Copa foi essa, amigos!!! Os suíços e os torcedores dos outros países tiveram o privilégio de assistir uma verdadeira "tempestade" de gols e também de jogos emocionantes de tirar o fôlego.

Podemos dizer que essa Copa teve um roteiro digno de um filme de Hollywood. Teve comédia pastelão protagonizada pela seleção escocesa que de tão atrapalhada e horrorosa que estava e ainda por cima, com a comissão técnica metendo o bedelho a todo momento em seu trabalho, o técnico Andy Beattie não aguentou o rojão e se demitiu durante a Copa. Teve ação e suspense protagonizados por ingleses e uruguaios nas quartas-de-final e pelos austríacos e suíços nessa mesma fase. Teve magia e fantasia, protagonizada pelos arrasadores húngaros que encantaram a torcida com suas jogadas e bom futebol e como todo bom filme de Hollywood, teve o seu Grand finale protagonizada pelos valentes e heróicos alemães que conseguiram uma vitória surpreendente sobre os franco-favoritos húngaros na final. Um verdadeiro milagre o que ocorreu em Berna mesmo.

Quanto ao Brasil, a Copa de 1954 foi de altos e baixos. Porém, protagonizou uma das cenas mais lámentáveis da História das Copas, a célebre "Batalha de Berna" contra os húngaros. Foi um quebra-pau digno de Ultimate Fighting, sem dúvida. Podemos dizer, nesse caso, que o Brasil perdeu na bola e na bolacha.

Quanto aos húngaros, tiveram o consolo de ficar com o artilheiro da Copa de 1954 que mostraremos na lista a seguir:

Com 11 Gols: Kocsis (Hungria)

Com 6 Gols: Morlock (Alemanha); Probst (Áustria); Hugi (Suíça)

Com 4 Gols: Ottmar Walter, Rahn e Schafer (Alemanha); Hidegkuti e Puskás (Hungria); Ballamann (Suíça); Borges (Uruguai)

Com 3 Gols: Fritz Walter (Alemanha); Stojaspal e Wagner (Áustria); Anoul (Bélgica); Czibor (Hungria); Lofthouse (Inglaterra); Burhan e Suat (Turquia); Hohberg e Miguez (Uruguai)

Com 2 Gols: Alfred Korner e Ocwirk (Áustria); Didi, Julinho Botelho e Pinga (Brasil); Lantos e Palotas (Hungria); Broadis (Inglaterra); Lefter (Turquia); Abbadie e Schiaffino (Uruguai)

Com 1 Gol: Hermann, Klodt e Pfaff (Alemanha); Coppens (Bélgica); Baltazar e Djalma Santos (Brasil); Kopa e Vincent (França); Joszef Toth (Hungria); Finney, Mullen e Wilshaw (Inglaterra); Boniperti, Frignani, Galli, Lorenzi, Nesti e Pandolfini (Itália); Milutinovic e Zebec (Iugoslávia); Balcázar e Lamadrid (México); Fatton (Suíça); Erol (Turquia); Ambrois e Obdúlio Varela (Uruguai)

Gols Contra: Dickinson (Inglaterra) a favor da Bélgica; Horvath (Iugoslávia) a favor da Alemanha; Cardenas (México) a favor da França; Cruz (Uruguai) a favor da Áustria

Notas da Copa: Foram marcados nesta Copa 140 gols em 26 jogos, com uma média excepcional de 5,4 gols por jogo, recorde até hoje não superado. Somente na Copa de 1982 é que o número de gols foi superado para 146, mas a média é menor devido a mais jogos.
Na "Batalha de Berna", ops, no jogo contra a Hungria, o gol de Julinho Botelho foi o de número 50 do Brasil na História das Copas do Mundo. Aliás, foi um dos mais belos da Copa com um chute em curva no bico da grande área, segundo os registros.
Coréia do Sul, Escócia e Tchecoslováquia não marcaram gols nesta Copa.
A Copa de 1954 também foi marcada por inúmeros hat-tricks, entre os quais os dois que Sandor Kocsis anotou contra a Coréia do Sul e contra a Alemanha, em que marcou quatro gols. Um recorde até hoje não superado. Além de Kocsis, anotaram também o feito: Burhan, da Turquia (três gols contra a Coréia do Sul), Morlock, da Alemanha (três gols contra a Turquia sendo que um deles ainda foi o de número 400 da história das Copas), Probst e Wagner, da Áustria (três gols contra a Tchecoslováquia e a Suíça respectivamente), Borges, do Uruguai (três gols contra a Escócia) e Hugi, da Suíça (três gols contra a Áustria).
O jogo Áustria 7 x 5 Suíça é até hoje o maior número de gols em um só jogo na História das Copas do Mundo.
Ottmar Walter e Fritz Walter foram os primeiros irmãos a marcarem gols em uma mesma Copa do Mundo.

Até a próxima, com a Copa de 1958, na Suécia.