quinta-feira, 25 de junho de 2009

BAFANA BAFANA KNOCKED OUT

Daniel Alves comemora o gol salvador do Brasil
Foto: Agência / AFP

De um lado as vuvuzelas irritantes e um time com muita vontade, de outro um elenco cheio de craques com muita dificuldade para vencer os obstáculos. Depois da benção de Nélson Mandela, Joel Santana colocou os "Bafana Bafana" em campo para encarar o Brasil, não era novidade que o time de Dunga teria dificuldades, mas elas foram muitas, mais do que o esperado. Uma verdadeira parede na defesa com o grandalhão Booth, que a cada toque na bola fazia com que a torcida aumentace a pressão das vuvuzelas gritando seu nome, no ataque, consciência e sangue frio para levar perigo. No final, deu o óbvio, deu Brasil, mas com um sofrimento além do esperado.

O velho Joel Santana, conhecido de todos nós, campeão nos quatro grandes clubes do Rio, armou um esquema fechadinho e não deixava a seleção brasileira chegar. Somente aos 12 minutos, em chute de canhota de Ramires, o Brasil chegou pela primeira vez, mas o goleiro Khune evitou. A Africa do Sul então passou a gostar do jogo, literalmente colocou os canarinhos na roda e teve duas oportunidades claras de marcar: a primeira aos 13 minutos, em chute cruzado de Gaxa. Logo depois, aos 21, Mokoena cabeceou quase em cima de Júlio César e jogou pela linha de fundo.

Aos 27 minutos outra oportunidade para os Bafana. Luisão fez falta em Parker, Tshabalala cobrou com muita força e Júlio César colocou pela linha de fundo. O Brasil colocou fogo no jogo em dois lances em que o grito de gol ficou entalado, uma com André Santos que Khune agarrou firme, e depois em jogada individual de Kaká que chutou rente a trave.

No segundo tempo, a seleção brasileira veio logo para cima e em cinco minutos havia conseguido dois escanteios, mas ainda assim estava deixando muito a desejar. Os Bafana Bafana então resolveram entrar no ritmo da vuvuzela, começaram a ser constantes no ataque. Modise chutou da entrada da área, a bola desviou em Luisão e Júlio César pulou no cantinho para evitar o gol dos africanos. O panorama do jogo não mudava, era Africa do Sul muito perto de marcar e com mais volume de jogo e o Brasil buscando sair na velocidade de Kaká e Ramires.

Já passavam dos 30 minutos de jogo quando Dunga resolveu fazer a primeira alteração do jogo. Daniel Alves, o camisa 13, foi para campo. Quem iria sair? Maicon, Ramires e Felipe Melo eram os mais cotados, Dunga surpreendeu a todos e tirou André Santos. Assim, o lateral de origem direita, jogaria pela esquerda. Porém Daniel nem curtiu muito a lateral-esquerda, mal tinha ajudado a seleção quando Ramires foi derrubado muito próximo a área: era a bola do jogo.

Daniel Alves arrumou a redonda, conversou com ela e olhou fixamente para o canto aonde jogaria a bola, era aquele o momento de calar as vuvuzelas. Três passos de distância da bola foram o suficiente para ele encher o pé direito no canto em que estava Khune, golaço. Os jogadores comemoraram, o Elis Park veio abaixo e Daniel virou o salvador da pátria. Luís Fabiano ainda teve a chance de marcar, mas chutou em cima de Khune, nada que tirasse do Brasil a tão esperada classificação. E que venha os Estados Unidos. They Can not.

ÁFRICA DO SUL 0 X 1 BRASIL

Estádio: Ellis Park, Johanesburgo (AFS)
Data/hora: 25/6/2009 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Massimo Busacca (SUI)
Auxiliares: Matthias Arnet (SUI) e Francesco Buragina (SUI)
Cartões amarelos: Masilela (AFS); Felipe Melo, André Santos, Daniel Alves (BRA)
GOLS: Daniel Alves, 41'/2ºT

ÁFRICA DO SUL: Khune, Gaxa, Mokoena, Booth e Masilela; Dikgacoi, Mhlongo, Pienaar (Van Heerden, 47'/2ºT) e Tshabalala (Mashego, 46'/2ºT); Modise (Mphela, 46'/2ºT) e Parker. Técnico: Joel Santana.

BRASIL: Julio César, Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos (Daniel Alves, 36'/2ºT); Felipe Melo, Gilberto Silva, Ramires e Kaká; Robinho e Luis Fabiano (Kleberson, 46'/2ºT). Técnico: Dunga.

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